Não sou um adepto de Sócrates nem do PS. Acho que, quer um, quer outro, têm muito de criticável e o buraco em que enfiaram o país é indesculpável.
Serve esta declaração de interesses para dizer que desta vez, na questão dos projectos de Sócrates, estão a pegar com ele, em minha opinião, por uma questão de lana caprina sem qualquer sentido, se não houver a intenção de levar a questão até às últimas consequências. E estas vão muito para além de Sócrates.
Acredito até que não tenha cobrado honorários pelos projectos de engenhariazinha (não são mais que isso, e má ainda por cima, ao que parece). Se assim foi, as Finanças devem fazer o que fazem a qualquer projectista que invoca o mesmo: não acreditar, apurar a preços de mercado quanto seriam os honorários e obrigá-lo a pagar IVA e IRS sobre os mesmos. E o assunto fica resolvido.
Serve esta declaração de interesses para dizer que desta vez, na questão dos projectos de Sócrates, estão a pegar com ele, em minha opinião, por uma questão de lana caprina sem qualquer sentido, se não houver a intenção de levar a questão até às últimas consequências. E estas vão muito para além de Sócrates.
Acredito até que não tenha cobrado honorários pelos projectos de engenhariazinha (não são mais que isso, e má ainda por cima, ao que parece). Se assim foi, as Finanças devem fazer o que fazem a qualquer projectista que invoca o mesmo: não acreditar, apurar a preços de mercado quanto seriam os honorários e obrigá-lo a pagar IVA e IRS sobre os mesmos. E o assunto fica resolvido.
O que Sócrates fez é o que faz qualquer engenheiro da maioria das Câmaras Municipais e outros organismos do Estado, incluindo a AR. É simples concorrência desleal para com os que vivem das actividades que, para os muitos sócrates do país, não passam de uns ganchos para compor a mesada que recebem do Estado, muitas vezes com os meios e o tempo deste. E aqui incluo muitos dos seus jovens reformados.
É a velha veia lusitana que impele muitos portugueses a quererem ser tudo ao mesmo tempo: funcionários públicos e empresários, militares e civis, padres e marialvas, reformados e activos, etc.. Invariavelmente isso leva a situações de incompatibilidade (que muitas vezes não sendo ilegais, são no mínimo eticamente discutíveis) das quais é muito difícil sair.
Se o país pretende pegar neste assunto e moralizar este tipo de situações, e eu acho que o deve ser, então que Sócrates seja apenas o exemplo e leve-se a moralização até ao fim, começando no topo do Estado e acabando na base.
E é simples. Basta considerar na Lei qualquer actividade no Estado, incluindo a qualidade de reformado, incompatível com qualquer actividade privada. A bem da moral, da justiça e da transparência.
É a velha veia lusitana que impele muitos portugueses a quererem ser tudo ao mesmo tempo: funcionários públicos e empresários, militares e civis, padres e marialvas, reformados e activos, etc.. Invariavelmente isso leva a situações de incompatibilidade (que muitas vezes não sendo ilegais, são no mínimo eticamente discutíveis) das quais é muito difícil sair.
Se o país pretende pegar neste assunto e moralizar este tipo de situações, e eu acho que o deve ser, então que Sócrates seja apenas o exemplo e leve-se a moralização até ao fim, começando no topo do Estado e acabando na base.
E é simples. Basta considerar na Lei qualquer actividade no Estado, incluindo a qualidade de reformado, incompatível com qualquer actividade privada. A bem da moral, da justiça e da transparência.
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