sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011/2018

Tive um professor de Economia Política que me disse que os ciclos económicos em Portugal são de cerca de 7 anos. O tempo tem-lhe dado razão. Pior que 2010 só 2003 e podíamos fazer o exercício de recuar no tempo para encontrarmos anos de má memória coincidentes com estes ciclos.
O problema destes ciclos é serem muito curtos em termos macro-económicos. Além disso, entre os anos de início e fim de ciclo a nossa economia rasteja o que faz com que estes anos sejam sentidos de forma intensa.
O ano de 2011 é o início de um novo ciclo. Vai ter um ponto crítico em 2013/2014 e terminará em 2018.
É o tempo que temos para criar um país diferente e deixá-lo governável à geração dos jovens que hoje têm entre os 17 e os 20 anos. Para isso precisamos que o Estado emagreça e que a economia tenha condições para crescer. Para isso o esforço tem de tocar a todos, o que não está a acontecer e temo que nunca venha a acontecer. A incapacidade dos nossos governantes para mobilizar o país é angustiante e preocupante.
E com esta reflexão termino o ano. Tal como no Natal, os meus votos são de um 2011 pelo menos melhor que 2010, o que apesar de tudo não é impossível, para todos, sem excepção.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Chamem o FMI (15)

"A Segurança Social promoveu todas as chefias para compensar os cortes salariais no próximo ano. O aumento tem efeitos retroactivos ao início de 2010. As nomeações foram hoje publicadas em Diário da República e são assinadas pelo ministro das Finanças." - in SIC
Repetindo o que já aqui escrevi: enquanto o PS e o Governo usarem expedientes como este, que só vêm provar que a austeridade não é para todos, quero que o mentiroso do Sócrates, o incompetente do Teixeira dos Santos e os ridículos Jorge Lacão e Silva Pereira (para referir apenas a fila da frente da plateia governamental) enfiem os apelos ao esforço nacional, e já agora o Estado Social também, pelo seus rectos burgueses acima.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Presidenciais (3)

Entrar em 2011 com o país em depressão (económica e psicológica), com Sócrates herdado de 2010 (esta é imperdoável a Cavaco), com a certeza de um PEC 4 lá para Abril/Maio, com o Código Contributivo (quando em fins de Janeiro nos forem aos bolsos verão como é requintado e aqui o PSD não tem as mãos limpas), só falta mesmo Alegre ser eleito para a desgraça ser completa. Com 30% de eleitores a considerarem voltar a votar em Sócrates, tudo é possível.
Angola é cada vez mais uma (má) opção.
(imagem tirada daqui)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mais deputados com coluna vertebral, precisam-se.

"A quebra de disciplina de voto do deputado regional do CDS-PP, Pedro Medina, durante a reconfirmação da remuneração complementar quarta-feira no Parlamento dos Açores, poderá chegar ao Conselho de Jurisdição Nacional, apurou a agência Lusa." - in Público
Apesar de com uns dias de atraso, quero expressar o meu apreço público a um deputado que teve a coragem de ser livre.
No assunto em causa, à excepção do PSD/A, toda a oposição, na generalidade, e Artur Lima, em particular, estiveram em minha opinião muito mal.   

Maranatha (49)

VI. JUSTIÇA E DEFESA

3. LEIS DO MATRIMÓNIO

"As culturas fortes determinam leis rigorosas para o casamento. Assim vai ser em Maranatha, onde o direito privado será nuclear. Casar voltará a ser o desejo mais íntimo de todos.
Não se pode permitir que os fundamentos da sociedade caiam numa espécie de cenário de telenovela mexicana, que é mais ou menos o que aconteceu ao casamento, nos nossos dias.
Em parte chegou-se a tal ponto por decadência do status, hierarquia de relações a reconstruir na nossa cidade. Sem esta rede de apoio, na retaguarda, os noivos ficam muito vulneráveis à fraude e aos caprichos da paixão, que é sentimento volátil.
Não admira que as famílias "monoparentais" tenham parido as "uniões de facto" e estas coisa nenhuma que se aguente. As tristes consequências desdobram-se nas inseguranças afectivas de pais e filhos e na delapidação do património. Ora, uma e outra vertentes põem em risco a dignidade humana.
Sim, vai interessar, de novo, a pergunta feita, pelas tias, à boca pequena: "Quem é o rapaz? É de boas famílias? É trabalhador e sério?" "E ela? Tem com quê?"
Claro que a atracção natural deve ser tida em conta; mas aos pais assistirá o direito de velar pelos interesses dos seus rebentos, muitas vezes teimosos, voluntariosos, inconsequentes.
A palavra "matrimónio" diz tudo: trata-se da reprodução de duas famílias, que dão um nó na trama social. É, rigorosamente, um assunto transcendente (ultrapassa todas as partes, na manutenção da sociedade). Desfazer este nó põe em risco tudo.
Alegria!
Nenhuma festa suplanta umas bodas!
Casa um homem e uma mulher, com a promessa de terem filhos. Adultério, vergonha; divórcio, proibido; poligamia é pecado, que a pessoa não é parte duma série.
Viúvos poderão recasar." - Mário Cabral in Diário Insular

O que seria deles...(8)

"A inclusão das coimas nas despesas tem uma aplicação prática. É que como é a partir das despesas que o Estado calcula a subvenção concedida aos partidos, ao incluir as coimas nessas despesas, os partidos acabam por receber de volta, mais tarde, o valor monetário das coimas que lhe foram aplicadas." - in Público
Para quando a revolta?

Novo Código Contributivo em vigor a partir de Janeiro

"Quem ganha mil euros por mês a recibos verdes vai entregar no total do ano mais 381 euros às Finanças e à Segurança Social. Já quem ganha 1500 euros terá de pagar mais 423 euros.(...)
Em 2012 quem ganha 1500 euros por trabalho independente vai voltar, por isso, a ter uma subida de impostos. Nesse ano vai entregar mais 1168 euros ao Estado do que em 2010." - in TSF
Aproxima-se 2011 e há poucos motivos para votos de feliz ano novo. O próximo ano vai antes ser o primeiro de muitos em que o Estado vai sugar até à exaustão o cidadão contibuinte.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Para todos, sem excepção

Faltam poucas horas. À família ausente, aos amigos e conhecidos, aos adversários e inimigos, a quem me deve dinheiro, a todo Mundo sem qualquer excepção, desejo um Natal cheio de Paz.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vicente Jorge Silva no Plano Inclinado


Tão socrático que ele era...

Maranatha (48)

VI. JUSTIÇA E DEFESA

2. JUÍZES

"Os juízes de Maranatha serão recrutados dentre o Senado, pelo que jamais terão menos de sessenta anos. Voltará a ser uma ideia abominável imaginar um jovem a presidir a um julgamento.
Julgar não é um acto comparável à resolução de um exercício de lógica e matemática, onde quem domina os códigos e os aplica com destreza está apto a passar no exame.
O ser humano possui muitas fontes de certeza, que não só a razão. A vida ensina muito mais a uma pessoa para além dos meros teoremas formais; a experiência é, pois, determinante para a qualidade dum julgamento.
Com a idade, ficamos mais flexíveis e misericordiosos. É pouco frequente ver um jovem tolerante, compassivo, respeitador da filigrana sentimental que nenhum método exacto apanha, bem como o discurso.
Numa palavra, a sabedoria não é própria da juventude. Trata-se de um conhecimento que não está virado apenas para a acção exterior, mas também para as pregas interiores e silenciosas da alma, onde a intenção livre originou a falta a julgar.
Acresce a tudo isto o seguinte: ser juiz não pode derivar numa profissão individual com interesses de carreira privada. Trata-se de um serviço público - e até se pode ir mais longe, considerando o juiz como um representante simbólico da Justiça transcendente objectiva, mesmo sem acreditar em Deus.
O Direito moderno, positivista, pôs toda esta base por terra, confiando na simples razão legisladora e deliberante. O juiz foi entendido como aquele que aplica a lei prevista a um determinado caso, com a frieza de um computador.
Os juízes da Alemanha nazi fizeram o seu papel de consciência tranquila, tal como o fazem actualmente os juízes pós-modernos, que adequam leis abjectas a factos desumanos." - Mário Cabral in Diário Insular




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

Maranatha (47)

VI. JUSTIÇA E DEFESA

1. O INFERNO

"John Adams, o segundo presidente dos EUA, agradeceu à religião cristã a doutrina sobre o Inferno. Sem ela, o Estado teria de conceber um sistema para punir todos os vícios, não só os públicos como também os privados.
Era iluminista, mas ainda muito lido, ao contrário dos políticos de hoje que, na sua ignorância, recusando o Inferno, transformam a cidade num lugar tenebroso, onde campeia a corrupção e a privacidade é regida por leis públicas demoníacas.
Se o Inferno não existisse, teria de ser criado pelo governante sensato. Sem ele, não há uma efectiva concretização da Justiça. Não por acaso, génios do pensamento, como Platão e Pascal, o pressupuseram. Não se trata duma questão exclusiva da fé. Há razões válidas, do ponto de vista da lógica e das evidências, para concluirmos pela existência dum lugar onde os maus serão castigados.
Algumas destas razões estão muito presentes no nosso dia-a-dia. Quando a Justiça é assunto apenas humano, depressa cai no lamaçal em que andam muitos julgamentos portugueses, com o povo a desconfiar dos trâmites legais, o que é muito grave. A noção de justiça é inata à nossa natureza e, como tal, está antes e para além do direito positivo. Exige que os tiranos e os corruptos, que muitas vezes escapam aos tribunais, sejam punidos, num mundo com regra e com lógica, que não seja dominado pelos políticos.
Para além disso, há uma tendência perversa para racionalizarmos o mal que fizemos, de modo a que apareça como um bem coerente e até desejável. Vamos ao ponto de fazer leis que favorecem o mal. Deste modo, ninguém se corrige e todos se emporcalham.
Em Maranatha, as criancinhas aprenderão as torturas do Inferno, para se inclinarem para a luz do Bem." - Mário Cabral in Diário Insular

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Prof. João Cantiga Esteves de novo no Plano Inclinado


Neste programa o Prof. João Cantiga Esteves levanta uma questão interessante: se somos diferentes de Espanha, por não termos tido um bolha imobiliária, e diferentes da Irlanda, por a nossa banca não ter sido afectada pelo subprime, então porque nos afectou tanto a crise financeira internacional? Desconfio que a resposta se chama Crise Estrutural Endémica, alimentada por décadas de Socialismo e, ultimamente, por Sócrates, O Malabarista.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Cactaceae felis silvestris catus


Maranatha (46)

V. EDUCAÇÃO

10. VIDA DE ESTUDANTE

"Alda acorda às seis da manhã, de Segunda a Sábado. Numa hora tomará o pequeno-almoço, dará de comer aos cachorrinhos, fará a cama, tomará duche, vestirá o uniforme.
A mãe ajuda-a, pondo a mesa. Ama a filha, chegada depois de quatro machos; consola-se a olhá-la: alta, alva e garbosa no azul da farda que lhe vai tão bem. Sorri.
Ao bater das sete, Alda está a entrar na igreja. De soslaio, procura Estêvão na ala dos rapazes, sem saber que ele seguira a desenvoltura do seu avançar pela nave principal.
O serviço termina por volta das 7:30. Elas e eles saem para lados diferentes do templo. Às oito, em ponto, toca para dentro. Voltarão a estar juntos ao meio-dia, quando vierem agradecer o desenrolar da manhã.
Hoje a primeira hora é ocupada com Biologia, disciplina preferida de Alda, que pensa ser veterinária. Entusiasma-se com o estudo das leis da Natureza, harmonia pré-estabelecida de tudo.
Depois do almoço, pelas 13:30, cada aluno vai para a sua oficina, aprender o ofício prático que escolheu, de acordo com o sexo. Alda borda com perfeição; quando passa pela oficina do ferreiro, mira Estêvão lá dentro, na penumbra.
16:30: voltam ao liceu, para a ginástica. As tardes desportivas são à Quarta-feira. Ela é campeã em andebol, mas também anseia pelas tardes de Sexta, destinadas a pesquisas várias: na biblioteca, nos gabinetes dos professores a preparar trabalhos, etc. Melhor só o Sábado, quando vão fazer visitas de estudo ou assistir a palestras e concertos.
«Sou feliz», pensa, quando volta a entrar na igreja, às seis, cabelo molhado, exausta do jogo, procurando-o com olhos furtivos.
Estará a seu lado no ensaio da filarmónica, onde o conheceu.
Ele toca, ela fecha os olhos.
«Sou feliz»" - Mário Cabral in Diário Insular

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ernâni Lopes - 1942/2010

Ainda há portugueses que merecem uma homenagem quando partem e Ernâni Lopes é um deles.
Nunca foi um boy do sistema. Quando foi ministro conseguiu a simpatia dos portugueses, apesar do que à época teve de fazer.
Pessoalmente recordo as muitas vezes que o encontrei no metro em Lisboa, quer enquanto ministro, quer enquanto quadro do Banco de Portugal. Era impossível não o ver, já que invariavelmente era a pessoa mais alta da carruagem.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Presidente da CAP, João Machado, no Plano Inclinado


Um programa diferente, sobre um tema a que se dá pouca atenção: agricultura. Como sempre, vale a pena ver ou rever.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um filme já visto

"Em suma, ao todo, as Flores e o Corvo ficam servidas por 16 altos responsáveis na área da saúde, para gerir duas unidades, servidas por cinco médicos, um na ilha do Corvo e quatro na ilha das Flores." - in RTP-A
Esta notícia, na sequência de outras que envolveram demissões que todos conhecemos em S. Miguel, as reacções de Carlos César à notícia da bolsa de estudo do filha da Secretária Regional e ao facto de a RTP-A ter interrompido a transmissão do seu discurso na ALR na passada semana, são péssimos sintomas que deviam deixar-nos todos preocupados com a saúde do regime na Região. Os rumores de demissões na RTP-A, a confirmarem-se, virão confirmar que algo está muito mal.
Continuo esperançado que, em 2012, César seja magnânimo e parta pelo seu pé, como Mota Amaral fez em 1996.

domingo, 28 de novembro de 2010

Maranatha (45)

V. EDUCAÇÃO

9. TEOLOGIA

"Hoje, ninguém sabe ao certo para que serve estudar. As respostas dadas não satisfazem, para além de soarem a insulto às disciplinas em questão.
Veja-se a Matemática. Quem é que estuda matemáticas puras, hoje em dia? O candidato a Medicina toma-a como um xarope, que odeia. E Medicina? Quase sempre é o meio para ter casa com piscina. As Humanidades são refugo de medíocres.
Uma pessoa compreende logo que barriguinha cheia e poucos baldões não é suficiente para a alma humana. Assim, a questão não fica resolvida, na prática.
Isto começou no século XVII, quando os empiristas decidiram que a Natureza não tende para um fim. Ora, tal era uma certeza evidente da filosofia antiga: que as roseiras tendem a dar rosas, os sapos sapinhos - e que o Homem procura a felicidade.
Aprender é uma viagem. Quando se parte convém saber para onde nos dirigimos. Se não for assim, vaguearemos, ao sabor da onda, entusiasmados com o modo como isto e aquilo funciona, durante uns tempos, como as crianças que descobrem um jogo novo.
O problema sério e de fundo do Conhecimento actual é o seu esboroamento, que não traz felicidade a ninguém. Não admira que os professores doutores acreditem na astrologia e consultem a bruxa.
Aristóteles definiu a Teologia como o horizonte da Ciência verdadeira; foi levado pela razão, não pela fé. No séc. XIII, São Boaventura descreveu o Itinerário que dá sentido ao trajecto da Sabedoria; e no séc. XXI MacIntyre chegou à mesma conclusão.
Em Maranatha teremos só um tipo de Doutoramento: em Teologia, seja qual for a área do saber, funcionando este como o pi para a matemática, ou seja, como a irrecusável presença do simétrico e do harmonioso, da Beleza Inteligível por toda a parte." - Mário Cabral in Diário Insular

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Proposta para o Natal

Uma excelente proposta para as compras Natal, encontrada aqui. Higiénica, ecológica e saudável.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma intervenção anunciada

"O objectivo é reduzir o défice para três por cento do PIB.(...) Para chegar a esses objectivos pretende-se avançar com medidas como a redução do salário mínimo em um euro por hora, passando o valor a ser de 7,65 euros, e o corte, não especificado, de 24.750 postos de trabalho na função pública, segundo avançou a BBC.(...) Ao mesmo tempo, está planeado uma subida do IVA, faseada, que será de 22 por cento em 2013 e de 24 por cento em 2014, e um novo imposto sobre a propriedade." in Público
Uma amostra do que nos espera a muito curto prazo. Para os que ainda não acreditam, convençam-se que hoje somos todos precários.

Chamem o FMI (15)

"PS alterou o OE/2011 para excluir os grupos parlamentares dos cortes da função pública, alegando que essa redução será feita através da lei de financiamento." - in Diário Económico
Na sequência do post anterior, a propósito de uma notícia idêntica, enquanto o aperto não tocar a todos, Sócrates sabe onde deve enfiar o seu apelo ao esforço nacional. Comigo não conta.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Chamem o FMI (14)

"O PS conseguiu hoje aprovar uma alteração à norma dos cortes salariais nas empresas públicas com maioria de capital do Estado e entidades públicas empresariais, abrindo a porta a "adaptações" desde que autorizadas e justificadas "pela sua natureza empresarial"." - in Público
Enquanto o PS e o Governo usarem expedientes como este, que só vêm provar que a austeridade não é para todos, quero que o mentiroso do Sócrates, o incompetente do Teixeira dos Santos e os ridículos Jorge Lacão e Silva Pereira (para  referir apenas a fila da frente da plateia governamental) enfiem os apelos ao esforço nacional pelo seus rectos burgueses acima.
O PSD, abstendo-se em coisas destas, permitindo a sua aprovação quando tem pretenções a governar a curto prazo, está a começar a dar um péssimo sinal. É por coisas destas que ainda existem cerca de 30% de portugueses eleitores dispostos a dar o seu voto a indivíduos como o Sócrates.

O Serviço Nacional de Saúde no Plano Inclinado


Com o Prof. Manuel Antunes, Director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais Universitários de Coimbra. Importante ver, ou rever, para percebermos o que vai mudar, quer queiramos ou não, no tão mal tratado Estado Social.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Descida de divisão?

"O deputado Berto Messias foi eleito, esta terça-feira, Presidente da bancada do PS/Açores na Assembleia Legislativa, liderando uma direcção parlamentar composta pelos vice-presidentes José San-Bento, Hernâni Jorge e Francisco César." - in Azores Digital
Devo dizer que me é indiferente quem é o líder do grupo parlamentar do PS-A, ou mesmo quem o integra, pois não me sinto representado por qualquer dos seus deputados.
Apesar disso, a saída de Hélder Silva de líder do grupo parlamentar, que enquanto deputado tinha um estilo de que não gostava, soa-me quase a uma descida de divisão ou, no mínimo, a terem passado a jogar com o banco por impedimento dos titulares.

sábado, 20 de novembro de 2010

Maranatha (44)

V. EDUCAÇÃO

8. CASULO DA LIBERDADE

"Agora tornou-se moda falar das "escolas abertas ao meio". Tem-se por um bem que a escola leve em conta a circunstância sociopolítica. Fica-se alegre se a câmara do comércio ou o município financiam prémios ou promovem outras facilidades suspeitas. Pela mesma porta entram os encarregados de educação, muitas vezes a decidir para além das suas competências. E há os currículos regionais. E há a televisão, seguida como modelo pedagógico rei, só deposta pela Internet, a valer mais do que a biblioteca.
A escola está refém do meio.
Não vai ser assim em Maranatha, onde as escolas vão funcionar como casulos de liberdade, "Abre-te Sésamo" de emancipação total. Nenhum interesse as vai prender à realidade tal e qual ela é - sendo que isto não significa um conflito, antes, em bom rigor, o contrário: uma cultura forte admira a escola e uma escola séria não provoca a cultura.
A pessoa humana é o único ser vivo que é capaz de ultrapassar os limites do seu tempo e do seu lugar, através dos voos espirituais da liberdade. O estudo sério abre as portas do infinito, que começa na alma. Por outro lado, a vida vai levando, com frequência, uma pessoa a especializar-se e, portanto, a reduzir estes horizontes. Não se trata de um mal, em si, se houver o contraponto, espécie de intervalo que contextualiza o caminho de cada um no tecido universal.
O meio domina a escola quando a obriga à utilidade técnica e corriqueira, circunscrita ao aqui e ao agora. Deste modo, cegam-se os alunos; formam-se escravos, mesmo que licenciados.
O trabalho é um bem inestimável, desde que não funcione como alienação, reduzindo a natureza humana, como naquele filme de Charlie Chaplin, bem denominado "Tempos Modernos"." - Mário Cabral in Diário Insular

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O que seria deles...(7)

"Um jovem de 26 anos, sem currículo profissional nem formação de nível superior, foi contratado, em Dezembro, como assessor técnico e político do gabinete da vereadora Graça Fonseca na Câmara de Lisboa (CML). Remuneração mensal: 3950 euros ilíquidos a recibo verde. Desde então, o assessor - que estava desempregado, fora funcionário do PS e candidato derrotado à Junta de Freguesia de Belém - acumulou esse vencimento com cerca de 41.100 euros de subsídios relacionados com a criação do seu próprio posto de trabalho." - in Público
Aqui está um exemplo de um empreendedor que devia ser levado às escolas para, nas aulas de empreendedorismo, explicar aos alunos como ter êxito.

domingo, 14 de novembro de 2010

Um blog a seguir...

Depois espero poder dizer adeus a esta personagem. Já basta ter de lhe pagar a reforma.

Batemos no fundo

"Timor-Leste disponível para comprar dívida portuguesa " - in Público
E ainda há 30% de eleitores que pensam em votar no Sócrates.

sábado, 13 de novembro de 2010

Pupilos do Exército no Portugal em Directo, da RTP1

A caminho do primeiro século de existência, a minha escola foi um dos temas de reportagem no Portugal em Directo, da RTP1 (parte 1 e parte 2).
Tal como na sua fundação em 1911, volta a ser uma escola inovadora e na vanguarda. A que vi na reportagem é muito diferente da escola que eu conheci nos dez saudosos anos que lá andei. Diferente, não pior. Confesso que foi com emoção e agrado que vi duas meninas, as primeiras, a usar a nossa farda nº 1 (calça, dólmen e barrete). Espero voltar a vê-las, a desfilar garbosas, com a nossa farda de gala (calça, dólmen, granadeiras, arreios e barretina) de arma ao ombro. São sinal promissor de futuro.
Gostei também de ver o meu amigo António Pinto Pereira, distinto advogado que dispensa apresentações, a representar as gerações mais velhas.

Maranatha (43)

V. EDUCAÇÃO

7. MEMÓRIA, ENTENDIMENTO E VONTADE

"Em Maranatha não permitiremos o uso de máquinas calculadoras até ao secundário, pelo menos; nem de outra qualquer máquina que possa perigar o sério desenvolvimento das aptidões naturais do ser humano.
Há um novo-riquismo intolerável no uso de Magalhães, nos sumários feitos por computadores em rede e quejandos. Não teremos nenhum pudor em usar as novas tecnologias sempre que se justificar a excelência pedagógica - por exemplo, uma aula de Geografia ganha muito com um quadro multimédia ligado à Internet.
Não é disto que se está a falar. Está-se a falar da completa ignorância moderna acerca da psicologia humana. É óbvio que a memória é uma capacidade que se desenvolve milagrosamente nos primeiros anos de vida, ao contrário da inteligência e da criatividade, que vêm com o tempo, quando vêm.
As crianças têm um grande gosto em decorar lengalengas, tabuada e coisas afins. É a altura certa para saberem de cor gramática, regras de lógica, nomes de rios e de países, orações, etc.
Os antigos sempre souberam que a inteligência não pode funcionar sem os dados que estão gravados na memória. Os snobs dos modernos olham com desdém para o "marranço" e enchem a boca com palavras tais como "originalidade", "criatividade"...
Esperemos sentados. Dão-se alvíssaras aos génios que saiam das escolas actuais.
E a nossa terceira frente de batalha será a vontade, tão esquecida no ensino de hoje que até mete impressão! Em Maranatha não vai ser como agora, onde cada um decide fazer o que quer, quando quer, do modo que bem entende. Conclusão: ninguém faz quase nada.
A vontade é o freio do desejo. Teremos regras para serem cumpridas à risca: horários, réguas, esquadros, mapas, planos, códigos deontológicos." - Mário Cabral in Diário Insular

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O que seria deles...(6)

"Paulo Campos teve entre 1994 e 2002 uma empresa de produção de espectáculos (chamada Puro Prazer). O negócio acabou por fechar, mas - de acordo com a Rádio Renascença - a entrada no governo permitiu ao actual secretário de Estado adjunto das Obras Públicas dar emprego aos seus antigos sócios. E foi nos CTT, que estão sob tutela de Paulo Campos." - in i
Aos que acham que para os políticos não se deve exigir mais que a responsabilidade política, pergunto se isso é suficiente para casos como este.
Afinal, o que seria deles sem o bom e velho Estado?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ângelo Correia no Plano Inclinado


Lembram-se de Ângelo Correia do tempo do Golpe de Estado dos Pregos? Que diferença. A idade, de facto, faz bem a certas figuras da política. Vale a pena ver e ouvir.

domingo, 7 de novembro de 2010

Maranatha (42)

V. EDUCAÇÃO

6. MESTRES E DISCÍPULOS

"Em Maranatha não vai haver professores. A pessoa mais pura de todas está muito vulnerável quando ganha a vida para ensinar. Sabemos isto desde os sofistas.
Por outro lado, alguém imagina Sócrates a receber dinheiro? E Buda? E Jesus Cristo?
A Verdade não se compra nem se vende. O verdadeiro acto de ensinar é comparável ao de criar um filho; o dinheiro é um insulto neste tipo de relação.
Utopia, dirão. Nem por isso: na América, as pessoas aprendem a conduzir umas com as outras e, depois, vão a exame. Por cá, ainda temos catequistas.
Em Maranatha, os seis anos de escolaridade obrigatória serão leccionados pelos pais, pelo Senado ou pelo clero. Nenhuma destas pessoas tem interesse material que choque com os rigores da passagem do espírito.
Depois, quem quiser continuar estudos secundários em Humanidades, seguirá para o liceu, onde os padres darão aulas. Os homens do Espírito têm todo o interesse em divulgar a Verdade; ao invés, os professores estão no século, enredados em relações práticas.
Quem quiser ser arquitecto, carpinteiro, médico ou sapateiro, procurará as respectivas ordens, que zelarão pelas suas escolas, destacando associados para a função de reproduzir a alta qualidade de cada ofício. Um médico que dá aulas de Anatomia não é um professor.
Algo muito semelhante funcionou com os ateliês da antiga Europa, antes de haver escolas de Belas-Artes. O mestre de Leonardo aceitou o pequeno aprendiz para lavar os pincéis. Quem se atreve a afirmar que os ateliês de pintura funcionaram pior do que as escolas actuais de Arte?
Os discípulos vão escolher os seus mestres conforme a fama deles, não por certificados; portanto, admirá-los-ão, amá-los-ão. Magister dixit voltará a ser a lei." - Mário Cabral in Diário Insular

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dr. Manuel Lemos (Presidente da Associação das Misericórdias) no Plano Inclinado


Vale a pena ver ou rever.

2 anos depois

Publiquei o primeiro post neste blog há 2 anos. Num dia particularmente longo, como tem sido também o de hoje.
Para além da comum sensação da rápida passagem do tempo que a data provoca, a grande aventura que as 21 491 visitas proporcionaram tem sido o contacto com outros bloggers e também com muitos anónimos. A todos um grande obrigado.

sábado, 30 de outubro de 2010

Maranatha (41)

V. EDUCAÇÃO

5. VISÃO

"Uma pessoa morre com falta de ar nas escolas actuais, tão grande é a ausência de horizontes. Bem podem abrir janelas mais largas que paredes - até dar aulas nos pátios! É a alma que grita, de apertada que está!
Este cancro deriva do afogamento das Humanidades, o que se pode provar com os testes que pegaram moda; chamam-lhe "testes de resposta fechada", e está tudo dito. Fechada é pouco; claustrofóbica.
Teme-se a "subjectividade" das Letras, como se não houvesse rigor nos estudos clássicos, como se não fossem estes a tratar o ser humano à altura da sua dignidade transcendente, como se não fossem estes que abrem horizontes e semeiam a visão, a liberdade do espírito que procura o mais além.
Formam-se escravos - pois que nome se há-de dar aos alienados que procuram ser todos iguaizinhos e que se digladiam por décimas de notas e cujo fim é tão só adquirir um empregozito de funcionário público que ganhe o quanto baste para consumir o que estiver na berra?
Em Maranatha os estudos humanísticos dominarão o secundário. Visaremos a formação de pessoas com asas e sonhos nos olhos. A frescura do Infinito voltará a circular no espírito.
Isto apenas se consegue lendo a melhor Literatura e os expoentes filosóficos. Para tanto, precisamos de aprender Grego e Latim, línguas muito mais vivas do que o Inglês. Não usaremos manuais, mas sim os livros dos filósofos da Hélade e os poetas latinos, traduzidos e imitados nas aulas de oratória e retórica.
E a História voltará em força e seriedade, tal como a Geografia, para que aprendamos a evitar as ditaduras obscurantistas, que apregoam a modernidade com o intuito de esconder o muito que o Passado tem para dizer sobre o que seja a liberdade." - Mário Cabral in Diário Insular




João Semedo no Plano Inclinado para debater a Reforma do Serviço Nacional de Saúde


João Semedo é, como todos devem saber, médico e deputado pelo BE.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que seria deles...(5)

"A maior fatia desta verba destina-se à administração, que custa 600 mil euros por ano à fundação de capitais maioritariamente públicos. A presidente do CA, Cristina Azevedo, aufere 14.300 euros mensais, enquanto os dois vogais executivos, Carla Martins e João B. Serra, recebem 12.500 euros por mês. No mesmo órgão tem ainda assento Manuel Alves Monteiro, vogal não executivo, que recebe dois mil euros mensais pelo cargo." - in Público
É o caso da Fundação Cidade de Guimarães. O Presidente da CMG diz que a Fundação não faz mais do que o que é comum em projectos semelhantes. Em Portugal existem 630 Fundações (!!!), sendo que muitas delas vivem exclusivamente do OE.
Como diz o Primeiro Ministro "O que seria de nós sem o Estado?" (nós, eles, claro).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

De regresso à vida


Num país onde se respeita tão pouco a Vida, há ainda portugueses que são seres excepcionais.

Macumba vs. Vudu

"Nos últimos dez anos, e em 180 países, apenas Itália (179º) e Haiti (180º) fizeram pior do que Portugal em crescimento económico." - in El País
Afinal Sócrates poderá não ser só incompetente como também supersticioso.
Para deixar o país no estado que está, só pode ser por recorrer à Macumba para governar, em vez da Economia Política. E está provado que é quase tão má como o Vudu de René Préval.

domingo, 24 de outubro de 2010

Coveiro para a Praia, precisa-se...



Quem terá sido o seleccionado?

Maranatha (40)

V. EDUCAÇÃO

4. SENHORAS E CAVALHEIROS

"Em Maranatha não há escolas mistas. É um pilar insubstituível na luta contra a decadência. Seguimos o direito natural, não nos compadecemos com a ideologia de género, a última mentira da modernidade.
Quem defende esta fantasia declara que ser mulher ou homem não depende da natureza, e sim do contexto social específico em que a pessoa está inserida.
As feministas, que leram Marx, levaram o equívoco dele à caricatura, teimando que a Tradição atribuiu um papel inferior às mulheres. A medicina actual juntou-se à loucura, engendrando transexualismos de todo o tipo.
Ao fim, abre-se uma guerra entre os sexos, que existem um para o outro. De costas, ambos ficam tristes.
As razões do nosso agir são muitas e demasiado importantes para serem negadas.
Raparigas e rapazes têm corpos e mentes bem distintos e ritmos de amadurecimento desiguais. Elas crescem mais depressa e possuem uma tendência natural para a linguagem, por exemplo. Eles ficam em desvantagem.
Por outro lado, a partir da idade das hormonas, a maioria das mulheres interessa-se por homens e a maioria dos homens interessa-se por mulheres. Numa sala de aulas, o desejo perturba a aprendizagem. Mas aqui são elas que podem vir a perder.
Uma sociedade sábia não se opõe à tendência natural; deve orientá-la, como quem abre um canal de Suez. Qual é o ganho que vem ao mundo em transformar meninas em homens sem qualidade e rapazes em mulheres sem graça?
As nossas escolas formarão senhoras e cavalheiros que anseiam encontrar-se num baile de finalistas, como quem imagina o novo mundo.
Nesta altura, estarão totalmente despertos para a dignidade pessoal de cada um, a ponto de serem evitadas as perversões típicas das quedas dos impérios." - Mário Cabral in Diário Insular

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Zanga de comadres



"Ofereceram-me o cargo de presidente da Metro do Porto, presidente dos transportes públicos do Porto, presidente das Águas do Rio Douro e Paiva, presidente do ex-Instituto Nacional de Habitação e para uma eventual holding para gerir as infra-estruturas marítimo-portuárias." - in TVI 24
Só a possibilidade deste desenhador, que deve tudo o que fez ao PS, poder ser presidente de qualquer dos organismos que cita é preocupante.
Entre ele e Sócrates venha o Diabo e escolha.

Tarifas abaixo dos 100 euros


"A alteração agora conseguida pelo Governo dos Açores traduz-se na eliminação do limite mínimo de 120 euros para as tarifas promocionais, permitindo assim, conforme havia sido anunciado, a prática de tarifas promocionais, quer para residentes, quer para a operação regular, abaixo dos 100 euros." in GACS
Afinal não é bem como foi anunciado por César no Congresso do PS-Açores.
Os residentes não vão ter tarifas abaixo dos 100 euros. As tarifas promocionais, que já existiam, é que podem ficar mais baratas.
Se estou surpreendido? Não, afinal Sócrates há muito que faz escola.

Reino Unido vs. Portugal

"Os cortes de despesa, em quatro anos, ascendem a 83 mil milhões de libras (95 mil milhões de euros), mas o Governo de David Cameron vai também proceder a aumentos de impostos que somam 30 mil milhões de libras." - in DN
No Reino Unido a correcção orçamental vai ser feita em 2/3 com cortes nas despesas e 1/3 com receitas. Tal e qual como por cá.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Chamem o FMI (13)

"O antigo primeiro ministro António Guterres (PS) admitiu hoje que o país atravessa um momento muito difícil, devido à crise internacional, mas manifestou-se confiante que Portugal será capaz de ultrapassar as adversidades." - in SIC
Guterres também acha que não tem nada a ver com o assunto. É tudo culpa da crise internacional.
Mais um que devia fazer companhia ao Sócrates na cadeia. E podia levar o Pina Moura.

Chamem o FMI (12)

"O primeiro-ministro disse, esta segunda-feira, que a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo protege o país da crise internacional, protege a economia, o emprego e o modelo social em que queremos viver." - in A Bola
E mandem prender este indivíduo.

domingo, 17 de outubro de 2010

OE 2011 no Plano Inclinado


Para ver, ou rever, e perceber porque este OE é tão mau como os anteriores do Governo Sócrates.
Com aprovação ou não do OE, a chegada do FMI à Portela é cada vez mais inevitável e necessária. Como é dito no programa, já que a austeridade é inevitável, ao menos que nos seja administrada por gente competente.
No futuro é importante criar mecanismos legais que permitam julgar, e eventualmente condenar a alguns anos de cadeia, gente aventureira, irresponsável e incompetente como Sócrates e seus ministros.

Maranatha (39)

V. EDUCAÇÃO

3. ESCOLAS E NATUREZA

"Ao contrário daquilo que apregoam, os modernos estão contra a Natureza. A educação é um dos campos onde melhor se nota este remar contra a maré.
Quem o nega é cínico: nem toda a gente tem a mesma competência intelectual, assim como nem toda a gente tem as mesmas aptidões físicas. Este facto nunca foi um escândalo antes do Iluminismo, porque sempre se olhou para a pessoa humana como um conjunto infinito de potencialidades, sem a reduzir: primeiro, à inteligência; e, segundo, a um tipo específico de inteligência.
Ora, em Maranatha, as escolas vão ser muitas e muito diversificadas, para que ninguém seja obrigado a seguir um plano de estudos ideológico, como o que se vê nas sociedades ocidentais contemporâneas. Oficinas, ateliês, seminários, ginásios, liceus... ou simples preceptores particulares serão aceites com o mesmo crédito social.
Serão apenas obrigatórios e homogéneos os primeiros seis anos de escolaridade, não ficando ninguém preso neste ciclo para além dos treze anos, quando as hormonas determinam a saída da infância.
As crianças serão ensinadas a ler, a escrever, a pensar e a contar, "à moda antiga", quando da quarta classe se saía sem dar erros e sabendo a raiz quadrada. São as alfaias de uma mente livre e, por isso, nada de perder tempo com folclore, que o assunto é sério.
Depois, pais e alunos é que decidem o rumo a dar aos estudos, jamais o Estado. Este será responsável pela fiscalização do bom funcionamento das escolas e pela execução dos exames, em sintonia com as exigências de cada escola específica.
Aos dezoito anos, os jovens já terminaram os seus cursos sejam eles quais forem.
Já trabalham.
Convém que se casem o quanto antes.
A Vida urge - a grande Mestra." - Mário Cabral in Diário Insular

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Joan Díaz


Joan Diaz com Ramon Angel, Giulia Valle e Silvia Perez, em estúdio gravando um belo tema de Bill Evans.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Se o que têm para dizer é isto...

"PCP lamenta Nobel da Paz para dissidente chinês" - in RTP
... antes não fazerem comentários.
Já agora, que crime tão grave foi cometido por Liu Xiaobo para não o considerarem à altura do Nobel?
(imagem tirada daqui)

Em Portugal, mentir tornou-se num acto corrente de governação

"O Governo alemão nega formalmente ter tido qualquer responsabilidade na decisão de o Governo português inscrever obrigatoriamente o custo do submarino Tridente no Orçamento deste ano." - in DN
Até prova em contrário, acredito no governo alemão.

Joan Chamorro Trio


Joan Chamorro (saxofone tenor), Josep Traver (guitarra) e Manuel Kaprovicas (contrabaixo), in a sentimental mood.

domingo, 10 de outubro de 2010

Os britânicos na Terceira

AZORES - FIRST PICTURES


Filme interessante da chegada dos britânicos à Terceira (obrigado ao meu correlegionário Coronel Luís Alves de Fraga).

Sinto-me envergonhado. Vocês não?

"Organização da prova pediu o empenhamento do líder da oposição na candidatura de Portugal à Ryder Cup-2018, não se dando por satisfeita com a assinatura do primeiro-ministro." - in Sol
A credibilidade de Sócrates caminha para a de Mugabe.

Estado Social no Plano Inclinado (1)


Esta semana o convidado é ainda o professor João Cantigas Esteves. A ver ou a rever.

Jo Krause Quartet


Com Jo Krause (bateria), Bob Sands (saxofone), Roger Mas (piano) e Gonzalo Tejada (baixo).

sábado, 9 de outubro de 2010

Chamem o FMI (11)

"Mais de 220 mil euros foi quanto a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) gastou nas comemorações dos seus 160 anos. Estas despesas - que datam de Novembro de 2009 - incluem os gastos do jantar pago a todos os directores das Finanças, mas não contemplam as despesas de pernoita de cerca de 900 pessoas que se deslocaram a Lisboa para assistir às comemorações, o que ainda poderá adensar mais o valor." - in DN
Já faltou mais para entrar em desobediência civil e pagar os impostos sem os entregar ao bando de malfeitores que desgraçam o país. Enquanto não se lhes fechar a torneira nada vai mudar.
Venha o FMI. O país bateu no fundo, por isso só pode melhorar.

Maranatha (38)

V. EDUCAÇÃO

2. INSTRUÇÃO, EDUCAÇÃO E CULTURA

"Ninguém morre se não souber ler nem escrever. Grandes reis do passado assinaram de cruz; e a expressão "self made man" fala por si. As maiores fortunas das ilhas não estão nas mãos dos doutores. Aliás, os doutores verdadeiros não têm grande apetência pelo dinheiro, tal como os santos.
Daqui se conclui duas verdades:
1 - A instrução não é um direito natural. É possível sobreviver sem ela e ser mais bem sucedido do ponto de vista material do que a maioria das pessoas;
2 - A instrução não é precisa para encontrar a felicidade, isto é, a plena realização do ser humano.
Daqui não se pode concluir que a instrução seja dispensável e que o Estado não deva agir de modo a promovê-la. A natureza humana é racional e a curiosidade intelectual insaciável, a tender para o infinito. Não se deve é confundir "instrução" com "educação" e "cultura".
O estudo é uma das vias privilegiadas para a compreensão de si, do mundo e das questões metafísicas fundamentais. Ele liberta a pessoa das visões tacanhas que, bastas vezes, abafam as sociedades. Logo, o estudo traz, por tabela, um grande benefício social e político.
Poderá o Estado livre determinar a escolaridade obrigatória?
Em teoria, não, devido ao que fica dito atrás. Mas pode acontecer dois cenários práticos: por um lado, os pais podem não ter dinheiro para dar instrução aos filhos, como desejariam; por outro lado, os pais podem impedir os filhos de estudar, como estes desejariam.
Portanto, o melhor é ser obrigatório estudar, pelo menos durante seis anos; e o Estado subsidiar todo o aluno que revelar aptidão e gosto e tiver necessidades. Isto não implica que as escolas sejam estatais, o que deve ser evitado, por causa da ideologia." - Mário Cabral in Diário Insular