Tive um professor de Economia Política que me disse que os ciclos económicos em Portugal são de cerca de 7 anos. O tempo tem-lhe dado razão. Pior que 2010 só 2003 e podíamos fazer o exercício de recuar no tempo para encontrarmos anos de má memória coincidentes com estes ciclos.
O problema destes ciclos é serem muito curtos em termos macro-económicos. Além disso, entre os anos de início e fim de ciclo a nossa economia rasteja o que faz com que estes anos sejam sentidos de forma intensa.
O ano de 2011 é o início de um novo ciclo. Vai ter um ponto crítico em 2013/2014 e terminará em 2018.
É o tempo que temos para criar um país diferente e deixá-lo governável à geração dos jovens que hoje têm entre os 17 e os 20 anos. Para isso precisamos que o Estado emagreça e que a economia tenha condições para crescer. Para isso o esforço tem de tocar a todos, o que não está a acontecer e temo que nunca venha a acontecer. A incapacidade dos nossos governantes para mobilizar o país é angustiante e preocupante.
E com esta reflexão termino o ano. Tal como no Natal, os meus votos são de um 2011 pelo menos melhor que 2010, o que apesar de tudo não é impossível, para todos, sem excepção.
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