quarta-feira, 30 de junho de 2010

BCE corta fundos à banca e agrava crise no crédito

"A autoridade monetária europeia não deverá a voltar a conceder dinheiro a um ano, expirando amanhã o empréstimo a 12 meses de 452 mil milhões de euros. Resultado: resta aos bancos, que nos últimos meses só têm conseguido dinheiro para a sua actividade junto do BCE, as cedências de liquidez semanais desta instituição, bem com as mesmas operações a três meses. Na essência nada muda, mas são cada vez menos as hipóteses de financiamento." - in DN
Apesar de pouco noticiado, há já algumas semanas que era previsível o agravamento das dificuldades de financiamento da nossa banca. Finalmente aconteceu o que António Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, previa no Plano Inclinado de 26 de Junho p.p.. Se o acesso ao crédito e o comportamento dos bancos já deixava muito a desejar, de futuro tudo vai ficar muito pior. Sem crédito muitas empresas vão encerrar e isso terá inevitavelmente reflexo no emprego.
Entretanto por cá, continuam a discutir-se as burrices do Carlos Queiroz e outros assuntos importantes como para onde se vai de férias.

Frank Mobüs

Com Calos Bica, num grande tema.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Rui G. Moura

Através do blog Fiel Inimigo tomei conhecimento de que faleceu o ex-aluno dos Pupilos do Exército Rui G. Moura. No Pilão foi contemporâneo do Dr. Medina Carreira.
Figura conhecida nos meios dedicados à climatologia, era autor do blog Mitos Climáticos. Podemos vê-lo aqui numa participação no programa da RTP2 Sociedade Civil.


O presidente da Associação Portuguesa de Bancos António Sousa no Plano Inclinado

Programa interessante pelo esclarecimento que faz sobre alguns aspectos da banca desconhecidos da maioria, numa altura em que, apesar de pouco noticiados, são conhecidos os problemas de financiamento da nossa banca. O financiamento tem sido garantido pelo BCE, mas isso tem um fim anunciado.

Frank Carlberg

O esplendor do piano e dos temas de Monk.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Um ano depois




Há precisamente um ano o Piranha estava condenado. Muito doente e com o aspecto da primeira foto, tinha como destino uma morte certa na estrada, não fosse o acaso de o encontrar após uma ida às Lajes. Acabou por ser uma involuntária e inesperada, mas também agradável, prenda de anos.
Duas semanas e uma ida à veterinária depois já tinha o aspecto da segunda fotografia. Uns meses depois já se impunha na vizinhança.
Um ano depois e esquecido que está o atribulado início de vida, tem o aspecto saudável das duas últimas fotos.

Ethan Iverson

O esplendor do piano. Introspectivo, mas delicioso.

sábado, 19 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago - 1922/2010

Em Outubro, a propósito do seu livro Caim e da polémica que provocou, escrevi isto.
Saramago era um livre pensador, um grande escritor e um grande português. A sua morte deixou-nos ainda mais pobres do que ficámos quando decidiu viver nas Canárias.

Ernesto Jodos

O esplendor do piano e o encanto das coisas simples.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Portugueses podem recusar-se a pagar impostos retroactivos

"O professor de Direito Constitucional diz que neste caso a Constituição protege os direitos dos cidadãos em detrimento do Estado e diz mesmo que já houve um antecedente em 1977, quando se quis aumentar o imposto complementar, «nessa altura houve pessoas que se recusaram a pagar e os tribunais deram-lhes razão»." - in Agência Financeira
Os portugueses deviam recusar-se a pagar era todos os impostos e não só os retroactivos.

Eric Harland Quintet

A importância dos detalhes.

Estamos a criar 'alunos que não sabem ler, nem escrever'

"A escola não pode permanecer tal como está, porque já bateu fundo – e não só em relação ao ensino do português, mas em várias outras matérias. Estamos a ensinar na base daquilo que é fácil, do que não exige esforço, nem trabalho. Estamos a fomentar gerações e gerações de alunos que não pensam, nem sequer sabem falar ou escrever. Ao tornar a facilidade da escola comum para todos, um aluno que venha de um contexto familiar rico, do ponto de vista cultural, não vai ficar prejudicado, porque os pais hão-de ter sempre dinheiro para ele ir para explicadores ou para frequentar boas escolas. Já aqueles que vêm de espaços mais fragilizados socialmente, esses sim é que vão ser torturados e explorados pela sociedade." - Maria do Carmo Vieira in Notícias Sapo
A professora Maria do Carmo Vieira esteve em Novembro no Plano Inclinado e limita-se a constatar aquilo que qualquer pai, atento e preocupado com a educação dos seus filhos, sabe: é fora da escola que o processo de aprendizagem decorre em condições e isso custa dinheiro.
Os nossos impostos não são usados para garantir a educação dos nosso jovens e o sistema de ensino assume-se como um perpetuador da pobreza.

terça-feira, 15 de junho de 2010

1,5% do PIB na despesa do Estado em 2011

"O comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou hoje que Portugal tomou em 2010 medidas orçamentais "adequadas, ambiciosas e suficientes", mas espera outras "substancialmente mais significativas" em 2011 e que representem um corte de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) na despesa." - In Notícias SIC
Estranho a ausência de comentários a esta notícia. O que Bruxelas nos está a impor, e bem em minha opinião, é um corte na despesa do Estado de 2011 que, traduzida em euros, representa mais de 2 500 milhões de euros. Mais do que a soma da receita extraordinária de impostos e do corte prometido na despesa do PEC II do PS/PSD.
Alguém acredita que o actual Governo tem coragem para isto? Se em 2011 ainda tivermos Sócrates à frente do Governo, é quase certo que virá aí mais um aumento de impostos.

Sustentabilidade do Fundo de Pensões, no Plano Inclinado

O programa não tratou apenas do tema das pensões e é absolutamente obrigatório. Vejam e não darão o vosso tempo por perdido.

Eric Alexander Quartet

Apreciem só o som deste clássico de Coltrane.

Sheikh David Munir, no Plano Inclinado

Depois de mais de uma semana em que a SIC apenas disponibilizava 11 segundos do programa no seu site, eis a versão completa.
Vale a pena assistir. O tema é a educação e é muito curioso perceber a perspectiva de portugueses muçulmanos.

domingo, 13 de junho de 2010

Empreendedorismo (16)

O Blasfémias publicou hoje este post de jcd (João Caetano Dias) que vale a pena ler e através do qual encontrei no Jaquinzinhos (blog do mesmo autor, actualmente suspenso) estes dois textos (este e este). São de 2004 e de 2005, respectivamente, mas mantêm toda a actualidade.

Emilio Solla

O esplendor do piano acentuado pelo acordeão, com um pequeno toque latino. É um repetente aqui no blog porque é delicioso.

sábado, 12 de junho de 2010

Como é bom ter amigos (4)

Que, entre outras coisas, nos façam rir.

Como é bom ter amigos (3)

União Europeia: 25 anos depois

Há 25 anos decidimos voltar a fazer parte da História da Europa, depois de termos abdicado do nosso papel no velho continente com o fim da 1ª República.
Hoje a Europa é um espaço que se percorre sem passaporte e o Euro será, mais tarde ou mais cedo, a moeda de todo o continente. Será que há quem tenha saudades da outra Europa? Eu não tenho.
Faltam-nos ainda, a nós portugueses, dirigentes políticos com a visão da imensa nação marítima que somos e, na Europa, do imenso espaço político, económico e cultural que está por construir.
Talvez tenham agora 15 ou 16 anos. Talvez não tenham de partir. Talvez acreditem que também, um dia, possamos ser um dos motores da UE e não apenas o parente pobre, chico-esperto e indolente do sul. Esta minha esperança é tão improvável como era o sonho de uma Europa unida dos pioneiros do pós-guerra. Haja visão, coragem e arrojo.
O Botas morreu e os Sócrates da nossa era também não serão eternos.

BP Spills Coffee

Espectacular. Algumas das soluções tentadas na resolução da maré negra parecem ter sido pensadas exactamente assim.

Elmo Hope

O esplendor do piano e uma mão cheia de gigantes. Um grande som gravado em estúdio em 1956.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

10 de Junho: Dia de Portugal (2)




Presença do Instituto dos Pupilos do Exército na cerimónia militar do 10 de Junho.
Nas duas primeiras fotos está o nosso Porta-bandeira bem no centro da primeira fila do pelotão, tendo à sua direita os alunos com as mesmas funções do Colégio Militar e do Instituto de Odivelas e à sua esquerda os alunos da Escola Naval, da Academia Militar e da Academia da Força Aérea.
Na terceira foto os Pilões prestam continência ao Presidente da República.
Ser-se Pilão é sê-lo para a vida. Querer é Poder.
(fotos do site da Presidência da República)

10 de Junho: Dia de Portugal (1)




É altura do país prestar a estes Fuzileiros, Comandos, Pára-quedistas e restantes militares das diversas Armas da Armada, Exército e Força Aérea o reconhecimento que merecem.
(fotos do site da Presidência da República)

Elliott Sharp

Só para os incondicionais da guitarra eléctrica. Pessoas impressionáveis passem adiante.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

10 de Junho: Dia de Portugal

Já passaram muitos anos desde a última vez que participei nas cerimónias militares de um 10 de Junho, integrando as fileiras de um pelotão.
Acompanhei com alguma emoção, pela televisão, o desfile de hoje em Faro. Lá estava o meu Pilão, garboso e bem alinhado, antecedido no desfile pelo pelotão onde o nosso porta-bandeira se destacava, pelos nossos camaradas do Colégio Militar e ainda pelas alunas do Instituto de Odivelas.
Mas este 10 de Junho foi para mim ainda mais emotivo por, pela primeira vez, terem participado no desfile os nossos veteranos. Consigo imaginar o que sentiram aqueles homens ao voltarem a uma parada. Poderem dizer de novo "Pronto!". Espero que de futuro se mantenha esta presença.
Estas cerimónias e os seus rituais são importantes, pois recordam-nos que no seio da instituição militar há ainda formação de excelência e reside nela, em última análise, muita da nossa dignidade enquanto país. Conceitos como disciplina, mérito, dedicação, lealdade, Nação e Pátria são ainda orientadores da forma de viver e de servir.
Como referiu o
Presidente da República no seu discurso, "nas horas mais difíceis, os Portugueses sabem que podem contar com as Forças Armadas".
Das cerimónias deste ano destacou-se também, em minha opinião, o discurso de António Barreto. Simplemente extraordinário.
Como diz o poeta, esta é a ditosa pátria minha amada, e não me imagino outra coisa senão português.

Mesmo com cão, posso caçar com gata

Com a inteligência de um pardal, o físico de um rato (graças à fome e maus tratos a que foi submetida pelos labregos dos ex-donos que a abandonaram sem hesitar), a agilidade e coragem de um tigre, tem a lealdade de um cão.
É assim a Xica, de quem recebo sempre mais do que lhe dou. Garanto-vos que não me deixaria mal visto entre os lavradores com os seus cães, se aparecesse na feira do gado com ela assim, na caixa da minha pick-up.

Elisabet Raspall

O esplendor do piano no feminino.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Assessores e adjuntos excluídos dos cortes

"Vítor Baptista, deputado do PS, afirmou que não. Não abrangia assessores, adjuntos ou sequer directores-gerais. Este não estavam incluídos na versão original da lei e continuam a não estar na versão final, depois das alterações de última hora apresentadas pela bancada do PS.
A alteração avançada pelos socialistas era apenas uma norma para garantir que a indexação dos vencimentos se mantém quanto ao salário do Presidente, apesar da redução transitória de cinco por cento adoptada este ano. Numa frase, para garantir o carácter excepcional do corte de cinco por cento nos ordenados e não inclui novos cargos. Nem directores, nem adjuntos nem assessores.
" - in Público
Com tanta "equidade" no esforço patriótico pedido por Sócrates, fugir ao Fisco e pagar o menos possível de impostos está a tornar-se um imperativo patriótico. Se não se lhes fechar a torneira continuarão insaciáveis.

INE revê em alta crescimento da economia portuguesa

"(...)Além da procura interna, contribuíram para a evolução do PIB o aumento do consumo privado e das exportações, enquanto que o investimento e o emprego caíram.(...)
(...)Além disso, no primeiro trimestre, o valor acrescentado bruto (VAB) da generalidade dos sectores de actividade teve aumentos ou então variações menos negativas, o que, “em parte, esteve associado a efeitos de base, uma vez que no primeiro trimestre de 2009 se registaram fortes variações homólogos negativas”, diz o INE.(...)
" - in
Público
Ou seja, os optimistas que ainda estão convencidos que o ano da crise foi 2009, podem guardar a guitarra no saco porque ainda é muito cedo para anunciarem a retoma. Os piores aspectos da crise ainda estão para chegar e os nossos problemas estruturais continuam intactos.

Al Foster Quartet

Um quarteto (às vezes quinteto) com um grande som, liderado pelo baterista.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Alice no País das Maravilhas (4)

"Uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos - é esta a visão que a Parque Escolar tem para o ensino em Portugal." - in Público
A demência está instalada de vez. Agora deu-lhes para nos compararem com a Finlândia e com a Holanda.
Esquecem-se que é preciso também transmitir e receber conhecimento (agora é só competências). Para isso precisamos também de professores que saibam daquilo que ensinam e hoje muitos não sabem.
A notícia diz respeito ao continente, mas cá pela região nao estamos melhores.

Antevisão

"(...)retenção em 2011 do subsídio de Natal dos funcionários públicos(...)eliminar 10 mil empregos na Função Pública e rever todos os subsídios atribuídos pelo Estado(...)um novo imposto para a banca a partir de 2012(...)Reduzir o tamanho das Forças Armadas" - in Económico
Eis parte da receita da Alemanha para si própria e que nos vai calhar também, garantidamente, antes de 2013.

Edu Tancredi

O esplendor do piano, com o encanto da voz feminina, num tema latino.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ravi Coltrane Quartet

Um quarteto com um grande som.

Uma alternativa fiscal para responder à crise

"Muitos têm defendido que é preciso baixar os salários para reduzir os custos das empresas. A medida acima atinge o mesmo objectivo, mas em vez de baixar o salário que os trabalhadores recebem, reduz antes a parte do salário que as empresas pagam ao Estado." - Ricardo Reis in i
Leitura interessante de medidas cuja implementação obrigaria a alguma coragem política.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Empreendedorismo (15)

"Os portugueses revelam cada vez menos vontade de serem os seus próprios patrões e são dos europeus que menos ponderam iniciar o seu próprio negócio.(...)
(...)E se em 2002 apenas um em cada português (23 por cento) preferia o estatuto de empregado (por conta de outrem), a percentagem subiu para 39 por cento no ano passado (mais 16 pontos percentuais ao longo dos últimos sete anos).(...)
" - in
Sol
Parece que os portugueses ainda não perderam o pouco juízo que ainda têm. Digo pouco porque, a maneira como votam e quando não votam, ou quando apostam pouco na educação dos seus filhos e dos próprios, enquanto pais, é prova que deviam ter mais.

Donald Brown Trio

O esplendor do piano com a beleza do vibrafone.

terça-feira, 1 de junho de 2010

À bolina e à vista (6)

"Governo diz-se surpreendido por desemprego de 10,8%" - in Económico

Portugal em 2014 - Economista Prof. Ernâni Lopes no Plano Inclinado

Quem acredita que não vai haver um PEC III em 2014 deve ver na íntegra.

Municípios

Há mais de 30 câmaras na falência. O endividamento dos municípios ultrapassou os mil milhões de euros em 2009, três vezes mais do que em 2008. A derrapagem tem uma explicação simples: em ano de eleições o endividamento sobe exponencialmente. Não sou eu quem o afirma. É José Junqueiro, secretário de Estado da Administração Local.
Muitas empresas municipais são artificiais e servem apenas para dar emprego a quem não conseguiu ser eleito. Não sou eu quem o afirma. É Macário Correia, presidente da câmara de Faro.

Dimitri Skidanov

No contrabaixo e num grande tema.