segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Maranatha (49)

VI. JUSTIÇA E DEFESA

3. LEIS DO MATRIMÓNIO

"As culturas fortes determinam leis rigorosas para o casamento. Assim vai ser em Maranatha, onde o direito privado será nuclear. Casar voltará a ser o desejo mais íntimo de todos.
Não se pode permitir que os fundamentos da sociedade caiam numa espécie de cenário de telenovela mexicana, que é mais ou menos o que aconteceu ao casamento, nos nossos dias.
Em parte chegou-se a tal ponto por decadência do status, hierarquia de relações a reconstruir na nossa cidade. Sem esta rede de apoio, na retaguarda, os noivos ficam muito vulneráveis à fraude e aos caprichos da paixão, que é sentimento volátil.
Não admira que as famílias "monoparentais" tenham parido as "uniões de facto" e estas coisa nenhuma que se aguente. As tristes consequências desdobram-se nas inseguranças afectivas de pais e filhos e na delapidação do património. Ora, uma e outra vertentes põem em risco a dignidade humana.
Sim, vai interessar, de novo, a pergunta feita, pelas tias, à boca pequena: "Quem é o rapaz? É de boas famílias? É trabalhador e sério?" "E ela? Tem com quê?"
Claro que a atracção natural deve ser tida em conta; mas aos pais assistirá o direito de velar pelos interesses dos seus rebentos, muitas vezes teimosos, voluntariosos, inconsequentes.
A palavra "matrimónio" diz tudo: trata-se da reprodução de duas famílias, que dão um nó na trama social. É, rigorosamente, um assunto transcendente (ultrapassa todas as partes, na manutenção da sociedade). Desfazer este nó põe em risco tudo.
Alegria!
Nenhuma festa suplanta umas bodas!
Casa um homem e uma mulher, com a promessa de terem filhos. Adultério, vergonha; divórcio, proibido; poligamia é pecado, que a pessoa não é parte duma série.
Viúvos poderão recasar." - Mário Cabral in Diário Insular

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