domingo, 17 de outubro de 2010

Maranatha (39)

V. EDUCAÇÃO

3. ESCOLAS E NATUREZA

"Ao contrário daquilo que apregoam, os modernos estão contra a Natureza. A educação é um dos campos onde melhor se nota este remar contra a maré.
Quem o nega é cínico: nem toda a gente tem a mesma competência intelectual, assim como nem toda a gente tem as mesmas aptidões físicas. Este facto nunca foi um escândalo antes do Iluminismo, porque sempre se olhou para a pessoa humana como um conjunto infinito de potencialidades, sem a reduzir: primeiro, à inteligência; e, segundo, a um tipo específico de inteligência.
Ora, em Maranatha, as escolas vão ser muitas e muito diversificadas, para que ninguém seja obrigado a seguir um plano de estudos ideológico, como o que se vê nas sociedades ocidentais contemporâneas. Oficinas, ateliês, seminários, ginásios, liceus... ou simples preceptores particulares serão aceites com o mesmo crédito social.
Serão apenas obrigatórios e homogéneos os primeiros seis anos de escolaridade, não ficando ninguém preso neste ciclo para além dos treze anos, quando as hormonas determinam a saída da infância.
As crianças serão ensinadas a ler, a escrever, a pensar e a contar, "à moda antiga", quando da quarta classe se saía sem dar erros e sabendo a raiz quadrada. São as alfaias de uma mente livre e, por isso, nada de perder tempo com folclore, que o assunto é sério.
Depois, pais e alunos é que decidem o rumo a dar aos estudos, jamais o Estado. Este será responsável pela fiscalização do bom funcionamento das escolas e pela execução dos exames, em sintonia com as exigências de cada escola específica.
Aos dezoito anos, os jovens já terminaram os seus cursos sejam eles quais forem.
Já trabalham.
Convém que se casem o quanto antes.
A Vida urge - a grande Mestra." - Mário Cabral in Diário Insular

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