sábado, 4 de junho de 2011

Maranatha (71)

VIII. RELIGIÃO

5. CATEQUESE

"A religião não é um faz-de-conta para crianças. É a rubrica mais séria de todas. Os modernos tentaram ridicularizar a supremacia dos assuntos sagrados - e conseguiram envergonhar muitos crentes.
Nada mais confrangedor do que ver os herdeiros da aristocracia espiritual atemorizados face à suposta ciência actual, ideologia burguesa e proletária, sem horizonte.
Há pouco tempo, ainda havia respeitáveis pais de família que, depois de um dia de trabalho árduo nos campos, se ajoelhavam atrás dos filhos para os ensinar a rezar o Terço.
É gente desta que desejamos em Maranatha: aliam natureza, trabalho e espírito numa espécie de cesto de vimes entrelaçado com finuras de arte.
A catequese é pilar indispensável na estrutura desta ambição. Não poderá estar entregue a raparigas acabadas de crismar e que baralham os fundamentos do Cristianismo com a vulgata "New Age" aprendida na televisão.
Os padres serão os catequistas preferenciais; assessorados pelos frades e pelas freiras e por velhos de vida beata reconhecida.
Turmas de sete, no máximo. Não copiem as pedagogices da escola pública! Aprenderão a "basezinha", sem complexos: a usar a água benta, a sussurrar na igreja, a ajoelhar-se em silêncio diante do Santíssimo, a saber de cor o Credo, etc.
E hão-de confessar-se.
E ficarão na missa, sem compromisso superior a este.
Nenhum licenciado de Biologia ou de História assustará a nossa excelência: saberemos explicar com lucidez os milagres, a virgindade de Nossa Senhora e as provas para a existência de Deus e da imortalidade da alma; relembraremos que, nas Cruzadas, estávamos a defender aquilo que era nosso, etc.
Não teremos medo da razão, nem mesmo quando ela assustar a fé com a dúvida." - Mário cabral in Diário Insular

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