A discussão agendada para hoje da Petição do Movimento Cívico Iva com Recibo decorreu com era expectável do lado do PS e, em parte, do lado da oposição.
Do que assisti posso fazer a seguinte síntese:
- o BE e a CDU (PCP+PEV), ao contrário do que esperava, pronunciaram-se de forma sustentada e a favor da petição; Honório Novo (PCP) esteve bem, como é seu hábito, e relembrou algumas votações de que a maioria do país não se lembra (eu lembro-me); Heloísa Apolónia (PEV) também esteve bem na defesa da petição, rebatendo a argumentação do PS; Alda Macedo (BE) esteve pior que os anteriores na defesa da petição, enveredando um pouco por aquilo que é a linha do discurso oficial do BE, começando a fazer lembrar as famosas cassetes do PCP de outros tempos; principal defeito da actuação desta esquerda, em minha opinião: depois destes debates em período eleitoral deixam morrer o tema, pois os combates contra impostos nunca foram, nem são o seu forte, pois vão contra a sua própria natureza; veremos se estou enganado;
- a intervenção de José Manuel Ribeiro (PSD) mostrou pouca convicção; aliás se há partido que deveria ter sentimentos de culpa em matéria de impostos é o PSD; continuo sem estar convencido da conversão de Manuela Ferreira Leite, em particular, e do PSD, em geral, a valores do mercado, da livre iniciativa e de um Estado que não ponha o nariz em tudo; no governo não foram melhores do que o PS está a ser; veremos se no futuro mantêm a posição hoje defendida;
- Hélder Amaral (CDS) teve, em minha opinião, a melhor intervenção de todas; foi conciso e objectivo na defesa da petição e em desmontar a argumentação do PS; não obstante, mantenho a mesma reserva que referi para o PSD relativa à coerência desta posição no futuro;
- do PS não veio qualquer surpresa; ávido de impostos, como sempre, teve em Vítor Baptista um defensor do actual regime do IVA; sem brilhantismo e sem argumentos plausíveis, foi a imagem de um governo de cabeça perdida em matéria de finanças, que não abdica de se financiar junto das empresas nem abdica de gastar como gasta.
"A redução dos impostos não garante que esse dinheiro seja aplicado no apoio às empresas e na dinamização do país", estas palavras de Sócrates revelam bem como se tem a si próprio como um grande líder, quase um querido líder. Só falta admitir que, para ele, só o Estado sabe o que é bom para o país. Às empresas e aos cidadãos cabe apenas o papel de criar riqueza e pagar.
Do que assisti posso fazer a seguinte síntese:
- o BE e a CDU (PCP+PEV), ao contrário do que esperava, pronunciaram-se de forma sustentada e a favor da petição; Honório Novo (PCP) esteve bem, como é seu hábito, e relembrou algumas votações de que a maioria do país não se lembra (eu lembro-me); Heloísa Apolónia (PEV) também esteve bem na defesa da petição, rebatendo a argumentação do PS; Alda Macedo (BE) esteve pior que os anteriores na defesa da petição, enveredando um pouco por aquilo que é a linha do discurso oficial do BE, começando a fazer lembrar as famosas cassetes do PCP de outros tempos; principal defeito da actuação desta esquerda, em minha opinião: depois destes debates em período eleitoral deixam morrer o tema, pois os combates contra impostos nunca foram, nem são o seu forte, pois vão contra a sua própria natureza; veremos se estou enganado;
- a intervenção de José Manuel Ribeiro (PSD) mostrou pouca convicção; aliás se há partido que deveria ter sentimentos de culpa em matéria de impostos é o PSD; continuo sem estar convencido da conversão de Manuela Ferreira Leite, em particular, e do PSD, em geral, a valores do mercado, da livre iniciativa e de um Estado que não ponha o nariz em tudo; no governo não foram melhores do que o PS está a ser; veremos se no futuro mantêm a posição hoje defendida;
- Hélder Amaral (CDS) teve, em minha opinião, a melhor intervenção de todas; foi conciso e objectivo na defesa da petição e em desmontar a argumentação do PS; não obstante, mantenho a mesma reserva que referi para o PSD relativa à coerência desta posição no futuro;
- do PS não veio qualquer surpresa; ávido de impostos, como sempre, teve em Vítor Baptista um defensor do actual regime do IVA; sem brilhantismo e sem argumentos plausíveis, foi a imagem de um governo de cabeça perdida em matéria de finanças, que não abdica de se financiar junto das empresas nem abdica de gastar como gasta.
"A redução dos impostos não garante que esse dinheiro seja aplicado no apoio às empresas e na dinamização do país", estas palavras de Sócrates revelam bem como se tem a si próprio como um grande líder, quase um querido líder. Só falta admitir que, para ele, só o Estado sabe o que é bom para o país. Às empresas e aos cidadãos cabe apenas o papel de criar riqueza e pagar.
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