segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Maranatha (52)

VI. JUSTIÇA E DEFESA

6. TRAIÇÃO

"A traição será considerada em Maranatha defeito moral insuportável e crime punido severamente. A traição dá-se ao nível familiar, ao nível do status e ao nível nacional; em todos, introduz a desconfiança na comunhão e, como tal, é cancro a prever nas suas variantes subtis.
É o oposto do Amor, e abre-se num leque de fétidos sentimentos: a mentira, o cinismo, o egoísmo, a cobardia, o despeito... A comunidade não resiste ao traidor. Este defeito de carácter está ligado às virtudes cardeais, portanto, é auto-evidente em todo mundo.
Na actualidade, e com forte prejuízo político, encontram-se duas variantes de traidores tão mais graves quanto aparecem à luz do dia sem vergonha nenhuma, e até disfarçados de bens superlativos: as multinacionais e a liberdade de expressão.
Quando o lucro privado põe em cheque a Pátria, há crime de lesa-majestade. Jamais poderá ser permitido que a economia, seja por que motivo for, se sobreponha aos valores patrióticos - que tal possa acontecer por culpa do próprio Estado, é diabólico. As leis de Maranatha serão muito rígidas neste campo, que é essencial.
Há que ser lúcido com muito daquilo que se diz "liberdade de expressão" e que não passa de vulgar atentado à privacidade e escarro contra a integridade nacional. Um regime político maduro não pode ter medo de separar o trigo do joio e de proibir veementemente a chalaça provocatória, com danos intermináveis.
A Geração de 70 introduziu a moda de falar mal de Portugal. Não se pode achar fino que alguém maltrate a sua Pátria e a sua Tradição. Uma pessoa confiável não fala mal de seus pais, mesmo que eles não prestem, pois deve-lhes sempre imenso. É uma questão de justiça e dignidade... e de estilo." Mário Cabral in Diário Insular

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