VI. JUSTIÇA E DEFESA
7. FORÇAS ARMADAS
"Maranatha não é o Céu na Terra. Este é um mito da esquerda utópica, que não conhece a natureza humana. Onde há pessoas há conflitos. Ora, porque não somos anjos é que a nossa cidade se esforça por ter regras muito bem definidas.
Claro que a paz é melhor do que a guerra; tudo deverá ser feito para a preservar. Mas, ao contrário do que pensam os falsos pacifistas, a violência nem sempre é imoral: a legítima defesa não é condenável; nem a guerra justa.
Aliás, a coisa funciona, por vezes, ao contrário, como se pode ver por estes exemplos: (1) Um pai é obrigado, por força moral, a defender os seus filhos, a sua mulher e o seu património, mesmo que para tal tenha de matar; (2) Quem vir um velho a ser assaltado tem a obrigação de o ajudar; (3) Salvar a Pátria de ataques externos é uma honra sublime.
Vamos, pois, precisar de forças policiais e de cadeias. Ao contrário do que acontece agora, a nossa polícia estará vocacionada a defender a propriedade privada e a privacidade, sem atender a ideologias fundadas em falsas psicologices modernas, que poupam o coitadinho do bandido e deixam inseguros os cidadãos honestos. As cadeias não vão ser hotéis de luxo.
O serviço militar voltará a ser obrigatório e apenas para homens (aliás, como todas as forças armadas). Mesmo que nunca houvesse guerra, aos mancebos deve ser inculcado o patriotismo como valor dignificante, a coragem como virtude cardeal que distingue um homem feito dum adolescente.
Imaginando que a Terceira é Maranatha, como vencer um ataque americano? "Antes morrer livres que em paz sujeitos" é a nossa divisa. Israel sobreviveu sempre aos vizinhos poderosos. A América não venceu o Vietname.
É a força heróica do amor à terra-mãe." - Mário Cabral in Diário Insular
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