4. A INVEJA
4.6. A INVEJA DA FÉ
"A custo se encontra um ateu inteligente e culto. Quando acontece, o próprio atesta a sua admiração pelo crente. Do ponto de vista lógico, este tem a garantia de axiomas absolutos. Qualquer matemático sabe que os postulados são pressupostos teóricos não demonstráveis. Os da fé são os mais bem fundamentados.
Encontra-se muito ateu ignorante, de pensamento preguiçoso, e teimoso, que pressupõe que a fé está abaixo da razão. As religiões não são todas iguais; a maior parte delas é irracional e deve ser combatida pela filosofia. O Cristianismo nada tem a ver com isto. Cresceu no melhor ambiente académico helenista. Vem depois da razão, convocado por ela.
Suponhamos um detective a estudar o cenário dum crime. É com base na observação das evidências e na dedução lógica exacta que é levado à explicação do ocorrido. Assim as provas metafísicas para a imortalidade da alma e para a existência de Deus criador. Chama-se fé, no Cristianismo, à pontinha da montanha do Pico que é incompreensível, mas para a qual orienta o trabalho honesto da pura razão.
Dirá o ateu que o que se vê é ser o povo crente, e não a elite burguesa. Tem e não tem razão. Levou muitos séculos a libertar o povo das crenças antigas em bruxaria, magia, astrologia, etc. O povo é, por essência, conservador, e parece insólito ir à missa quando os licenciados acreditam em energias e em signos. É facílimo demonstrar qual é o mais aceitável, do ponto de vista filosófico. E quem se aproveita duns e doutros.
O Cristianismo acabou com a escravatura, com a desigualdade entre os sexos, protege crianças e pobres e outras conquistas político-sociais que o mundo não pode perder.
Por isso, rapidamente a inveja do ateu atiça a fé." - Mário Cabral in Diário Insular
4.6. A INVEJA DA FÉ
"A custo se encontra um ateu inteligente e culto. Quando acontece, o próprio atesta a sua admiração pelo crente. Do ponto de vista lógico, este tem a garantia de axiomas absolutos. Qualquer matemático sabe que os postulados são pressupostos teóricos não demonstráveis. Os da fé são os mais bem fundamentados.
Encontra-se muito ateu ignorante, de pensamento preguiçoso, e teimoso, que pressupõe que a fé está abaixo da razão. As religiões não são todas iguais; a maior parte delas é irracional e deve ser combatida pela filosofia. O Cristianismo nada tem a ver com isto. Cresceu no melhor ambiente académico helenista. Vem depois da razão, convocado por ela.
Suponhamos um detective a estudar o cenário dum crime. É com base na observação das evidências e na dedução lógica exacta que é levado à explicação do ocorrido. Assim as provas metafísicas para a imortalidade da alma e para a existência de Deus criador. Chama-se fé, no Cristianismo, à pontinha da montanha do Pico que é incompreensível, mas para a qual orienta o trabalho honesto da pura razão.
Dirá o ateu que o que se vê é ser o povo crente, e não a elite burguesa. Tem e não tem razão. Levou muitos séculos a libertar o povo das crenças antigas em bruxaria, magia, astrologia, etc. O povo é, por essência, conservador, e parece insólito ir à missa quando os licenciados acreditam em energias e em signos. É facílimo demonstrar qual é o mais aceitável, do ponto de vista filosófico. E quem se aproveita duns e doutros.
O Cristianismo acabou com a escravatura, com a desigualdade entre os sexos, protege crianças e pobres e outras conquistas político-sociais que o mundo não pode perder.
Por isso, rapidamente a inveja do ateu atiça a fé." - Mário Cabral in Diário Insular
Sem comentários:
Enviar um comentário