quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PEC 3

O autêntico PEC 3 anunciado hoje pelo governo peca, em grande parte, por tardio, pois muitas das medidas deviam ter sido tomadas em 2009, em vez das medidas eleitoralistas que na altura foram a sua opção.
Mas, pior que tudo, é que vão ser insuficientes. Não acredito que vá haver vontade e coragem para cumprir cortes na despesa que vão para além da redução dos salários da Função Pública. Esperemos por 2013 para ver.
Para concluir, uma palavra para um senhor do PS cuja senilidade é a única justificação que encontro para as declarações que fez: vá lamber sabão, pois com a sua idade já é tarde para começar a fazer uma coisa que desconhece, trabalhar.

Parlamento islandês processa primeiro-ministro

"O Parlamento islandês decidiu processar o ex-primeiro-ministro Geir Haarde, que governava o país na altura em que o sistema financeiro se afundou, em Outubro de 2008, por “negligência”." - in Público
Temos por cá, em minha opinião, pelo menos dois candidatos a idêntico procedimento. Mas para isso precisamos de ter primeiro uma Justiça fiável e transformarmo-nos num país a sério.

Concentração da SATA em S. Miguel

Assisti há dias na ALR à discussão da Petição contra a concentração de toda a frota da SATA em S. Miguel. A única surpresa, em minha opinião, foi ter sido escolhido o deputado eleito pela Terceira, Berto Messias, para fazer a defesa da posição do GR. Estava para escrever algo sobre o assunto, mas desisti. Esta tudo neste artigo.

"As incoerências do PS - Terceira

No passado dia 23 de Setembro de 2010 discutiu-se no parlamento Regional a petição "Não à concentração da frota da SATA em São Miguel".
Perante a desmistificação dos argumentos apresentados pela SATA em sede de audição na comissão de economia, fico preocupado com os deputados do partido do governo.
A incapacidade para corroborar os argumentos da SATA com novos elementos demonstra o quão paradas as mentes estão, agarrando-se ao que começa ser injustificável perante a argumentação dos peticionários. Fico triste quando para a defesa dos argumentos da SATA (leia-se Governo Regional) o PS atira para discussão um deputado da Terceira, Berto Messias. Bom defensor, embora com argumentação parca em dados concretos, Berto Messias não conseguiu contrapor, nem tão pouco negou, a argumentação da oposição.
Por duas vezes, a 27 de Fevereiro e a 29 de Junho de 2009, a Assembleia Municipal da Praia da Vitória aprovou, a primeira por unanimidade e segunda por maioria, respectivamente, um voto de recomendação ao Governo Regional e à Administração da SATA para que mantivesse pelo menos um avião no aeroporto da Lajes e um voto de protesto ao Governo Regional e Administração da SATA pela atitude discriminatória deixando a Ilha Terceira sem um avião estacionado permanentemente. Relembro que o PS tem maioria na Assembleia Municipal e que no voto de protesto apenas dois elementos do PS se abstiveram.
Como podemos ver até o PS - Terceira considera esta concentração da frota da SATA em São Miguel uma má decisão. No entanto no parlamento Regional Berto Messias, que tem assento na Assembleia Municipal, defende que a concentração é benéfica. Esta dualidade de posição denota que afinal entre os elementos do PS - Terceira reina alguma hesitação, falta de consenso e crença quanto à medida tomada pela SATA. Então em que é que ficamos? Dentro de casa alinham pela condenação, fora de casa (talvez por medo??) alinham pela certeza da medida da SATA. Berto Messias e os restantes deputados do PS eleitos pela Terceira não podem ter duas posições perante o mesmo assunto, principalmente quando as premissas não se alteraram. Esta dualidade de posição não cai bem junto dos eleitores e há que ter muita atenção a este PS - Terceira moderno, pois não estão a mostrar que neles possamos confiar. Quem sabe os votos lhes comecem a faltar.
Seria muito bom que o PS - Terceira definisse qual a sua posição oficial em relação a este tema, ao invés de termos opiniões avulso de diferentes elementos dos PS - Terceira. Seria uma oportunidade do PS - Terceira mostrar a sua verticalidade e assumir o seu empenho na manutenção ou na destruição do pouco que ainda existe e trás realmente benefício para a Terceira. Ficaria a população da Terceira a saber quem realmente está interessado em defender os interesses da Ilha.
Quanto a Berto Messias, este não percebeu que quando já não for útil para o PS que ele defenda o partido do governo nestas atrocidades contra o arquipélago e acima de tudo contra a autonomia, será descartado sem apelo nem agravo, por aqueles que ele agora pensa que o estão a promover.
E que confortável (conveniente?) é para o PS lançar para a discussão um deputado da Terceira. Triste é que este se deixe usar.
Berto Messias tem que estudar e preparar melhor o tema. Berto Messias não soube, não sabe ou não entendeu o que se discutia naquela sessão legislativa de 23 de Setembro. O seu discurso já não pega. Já todos perceberam que essa argumentação não colhe. Está gasta, velha e acima de tudo não explicada factualmente.
Enche a boca com expressões como "intelectualmente desonesto", que soam muito bem no discurso político e normalmente utilizadas quando não se tem resposta para contra argumentar. Ou então, (e não quero acreditar que seja assim), ele sabe bem o que faz para defender os seus interesses pessoais.
Que os deputados eleitos por São Miguel puxem pela sua ilha, eu entendo. Agora, que ainda por cima tenham a ajuda dos deputados de outras ilhas, isso lamento, mas não entendo.
Mais do que favorecer São Miguel, estão prejudicar os Açores!
É de pedir a Berto Messias que quando chega um daqueles nevoeiros de fazer parar a navegação aérea, que parte de Ponta Delgada, que se desloque ao aeroporto das Lajes e faça uso da sua formação académica em relações internacionais e conforte os passageiros afectados pela ausência de um avião da SATA.
Adeus e pronto!" - Pedro Rego no Diário Insular

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mentirosos? Incompetentes? Ou ambas as coisas?

"A consolidação da economia portuguesa será feita à custa da redução da despesa e não passará pelo aumento de impostos nos próximos três anos." - in Público, em Março deste ano, a propósito do PEC1

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O que seria deles...(4)

"Entre os 18 novos pedidos de pensão para toda a vida, destacam-se, segundo os dados fornecidos pelo Parlamento, Manuel Alegre, provável candidato às próximas eleições presidenciais, e Pedro Santana Lopes, ex-primeiro--ministro e ex-líder do PSD." - in Correio da Manhã
O que seria deles sem o bom e velho Estado.

sábado, 25 de setembro de 2010

Maranatha (36)




IV. ECONOMIA


10. JOSÉ

"José foi criado no orfanato. Os frades ensinaram-lhe as primeiras letras e os rudimentos do ofício de carpinteiro, treinado na oficina de caixões, trabalho com o qual arredondam as despesas do convento.
No liceu ampliou a arte e conheceu Augusta. Os pais dela não o viram como o melhor partido para a filha única, mas acabaram por se render ao seu carácter. Casou para casa deles, aos vinte e um anos.
Aos treze já era aprendiz de carpinteiro. Aos dezoito, a ordem fez-lhe um empréstimo para montar uma oficina na parte de baixo da casa dos sogros; o mestre foi fiança e padrinho de casamento.
Foi ganhando fama de grande artista e homem sério. Cumpriu prazos, cada peça que lhe saía das mãos era amada como se fosse a primeira e a última. Trabalho nunca faltou. Aos quarenta, abriu uma loja de venda de móveis, onde empregou as filhas.
Augusta deu-lhe quatro rapazes e três raparigas. O mais velho quis estudar e hoje é arquitecto, mas os outros três ajudaram no crescimento do negócio. Os gémeos acabaram por herdar a oficina e, em compensação, o pai ajudou o outro a montar-se por conta própria.
A filha mais velha teve uma paixão funesta na juventude, sendo mãe solteira. Morreu nova e Estêvão foi criado pelo avô, que o ama acima de tudo no mundo. Levava-o criança para a filarmónica, onde o rapaz ganhou o gosto da música. Está a estudar órgão e já ensaia na Sé.
José foi grão-mestre da ordem dos carpinteiros, maestro da banda e chamado a outros cargos de responsabilidade social. Agora, viúvo, é o conselheiro que está à frente dos destinos da cadeia de Maranatha.
Este exemplo de vida feliz é absolutamente verosímil e serve para provar que o sistema económico aqui defendido não é uma utopia." - Mário Cabral in Diário Insular

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sócrates, aprende que o Zapatero também não vai lá ficar muito mais tempo

"Para isso, o Governo continuará a cortar investimentos - 13.500 milhões de euros em 2011, face aos 19 mil milhões de euros deste ano - e reduzirá os gastos dos Ministérios entre 14 e 15%, regressando assim a níveis de 2006." - in Dinheiro Digital
Tal como aconteceu com os ditadores, também o socialistas de lá não são tão maus como os de cá.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Chamem o FMI (10)

"O troço do TGV entre o Poceirão e a fronteira de Caia custa quase três mil milhões de euros: o dobro do anunciado. Para além deste valor, o Estado pagará, todos os anos, consoante o número de comboios que utilizarem a linha. E o pior: nestas contas não entram ainda a ligação a Lisboa, que inclui a terceira ponte sobre o Tejo, precisamente a parte mais cara da obra." - in Agência Financeira
O FMI vai ser o presente no sapatinho, lá para o Natal.

Dia Europeu sem Carros (2)

Mais um Dia Europeu sem Carros. Mais um dia com a circular externa a abarrotar de carros, as entradas da cidade entupidas, a necessidade de sair de casa mais cedo para chegar ao trabalho mais tarde. Toda a gente gastou mais tempo e mais combustível. Se o ambiente entra na equação deste dia, decerto que não agradece.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chamem o FMI (9)

"A despesa total do Estado está a reduzir o seu ritmo de crescimento de forma gradual e consistente, afirmou o secretário de Estado, acrescentando esperar a manutenção desta tendência." - in DN Economia
Quando nos venderam os PEC's 1 e 2, julguei que a ideia era a despesa diminuir.

Sabores (1)

Depois do Pico foi tempo de rumar à terra das Espécies. Só uma ilha inspirada pela visão da sua vizinha montanha poderia criar algo tão delicado. Tal como no Pico, também aqui a magia é a mesma da 1ª vez.

domingo, 19 de setembro de 2010

A estupidez humana (1)

Este foi o resultado de uma manhã na veterinária: pêlo tratado e desparasitada. Fiquei a saber que deve ser uma Pastor Terra Nova, ou pelo menos traçada (o pêlo disfarça uma magreza enorme). Para o seu tamanho está pele e osso. Um convívio mas próximo e duradouro deu para perceber que é um animal muito inteligente, além de dócil.
A estupidez humana de alguém (a quem continuo a desejar a furunculose), foi de novo compensada pelo grande carácter e generosidade imensa de um vizinho meu, que se rendeu aos encantos desta linda cadela e decidiu adoptá-la.

Maranatha (35)

IV. ECONOMIA

9. RELAÇÕES INTERNACIONAIS

"Há uma anedota que se conta com frequência sobre o facto de os isqueiros terem sido proibidos na ditadura. Dito assim, sem enquadramento, dá vontade de rir.
Facto é que não eram fabricados no País e a sua importação punha em risco a indústria portuguesa dos fósforos. A solução encontrada é discutível, mas o princípio subjacente que a ela conduziu é completamente defensável.
Não se pode tolerar que o estrangeiro destrua a economia nacional com base num princípio interesseiro como o do mercado livre, que nunca é tão equilibrado como deveria.
Nem sempre os produtos que entram são melhores que os nossos, embora possam vir a destruí-los, repare-se nas lojas dos chineses - ou no pronto-a-vestir fashion, que não chega à virola das calças dum fato de alfaiate.
Os consumidores vão gritar pelos seus direitos - decadência. Há é que defender a qualidade do produto e o empenho do artista. A troca do trabalho das nossas mãos é mais que a moeda que o paga.
Outro exemplo de relações internacionais pode ser dado com a base das Lajes. Se Maranatha fosse a Terceira, iríamos ter de saber jogar com o interesse da superpotência americana. A renda poderia servir para investirmos nas energias alternativas, que são caras.
Mas nunca estaríamos dependentes deste negócio, nem nos encheríamos de luxo por sermos pechinchinhos mas termos algo assim invejável - até porque já nem é.
Bom, mesmo, é Maranatha ser pobre. Nada mais perigoso que possuir petróleo ou ser importante do ponto de vista geoestratégico. Ninguém cobiça um país pobre. Assim, distanciada das praças internacionais, a nossa cidade encarregar-se-á de acudir às suas próprias necessidades, sem preocupações de excedente, outrossim de excelência." - Mário Cabral in Diário Insular

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sabores

Momentos que, há alguns dias, antecederam o que, para mim, é uma refeição inevitável no Pico: inhames com linguiça. A magia é igual à da 1ª vez. Só ali no Pico têm aquele sabor.

Movimento IVA com Recibo acabou de lançar a 2ª Petição

Já está disponível para assinar a nova petição do Movimento IVA com Recibo. O link vai ficar na coluna da direita até terem sido recolhidas as assinaturas necessárias para que seja apresentada na Assembleia da República. Por isso, apelo a todos que acreditam que é possível e necessário termos um sistema fiscal mais justo que a assinem.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Chamem o FMI (8)

"A recomendação europeia surge depois de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ter garantido, a semana passada, aos mercados financeiros cortes duros na despesa pública em 2011, acompanhados de nova subida da carga fiscal (com a redução dos benefícios fiscais). Nos primeiros sete meses deste ano, Portugal era o único dos países problemáticos do euro - que incluem Grécia, Espanha e Irlanda - cujo défice e despesa aumentaram. O facto começa a ser notado pelos mercados, que têm pressionado os juros da dívida portuguesa para novos máximos. Ontem a taxa de juro corrente da dívida a dez anos aliviou ligeiramente, para se fixar em 5,77% (com um spread face à Alemanha acima de 335 pontos)." - in i

"De Janeiro a Agosto, o aumento líquido da dívida pública portuguesa foi de 14,2 mil milhões de euros, muito próximo do limite de endividamento global autorizado no OE para a totalidade do ano, que é de 17,4 mil milhões de euros. Olhando para o volume de emissões de dívida realizadas este ano, verifica-se que a necessidade de pedir dinheiro emprestado ao mercado tem sido cada vez maior." - in Público

A estupidez humana

Depois do Bob, que me apareceu neste estado à porta e se transformou neste belo e grato cão, foi agora a vez da cadela que está nas fotos acima.
Não sei se têm algum gps integrado que os faz virem ter à minha porta, o que é certo é que não posso ficar indiferente.
Apesar de ter o pelo em péssimo estado, não está tão mal quanto estava o Bob. É de raça (não sei qual), jovem (pela dentadura), de porte grande e precisa de ser esterilizada. E é dócil, muito dócil, pois deixou-me fazer o exame que me levou à recolha das características indicadas.
O problema é que os meus cães, o Fred e a Lua, não a aceitam e tenho os gatos em estado de sítio. O Bob teve a sorte de lhe ter arranjado uma dona com quem vive hoje feliz. Era excelente conseguir o mesmo para esta pacífica criatura.
Por isso se alguém quiser uma amiga fiel contacte-me. A tosquia, a desparasitação e a esterilização são por minha conta (já tenho consulta marcada na veterinária no próximo sábado).
Quanto aos antigos donos desejo-lhes uma furunculose no traseiro.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Números

Números por cada 1 000 habitantes:

Médicos: 3,77 (2009)
Funcionários Regionais: 3,88 (2005)
Funcionários Municipais: 13 (2005)
(fonte: Pordata)

sábado, 11 de setembro de 2010

Maranatha (34)


IV. ECONOMIA

8. IMPOSTOS

"Será legítimo cobrar impostos numa sociedade comprometida com a justiça? Sim; são muitos os bens de interesse comunitário com gastos avultados: redes de água, de energia, de transportes; segurança interna e externa, etc.
É importantíssimo que estas valências não caiam nas mãos dos privados, por serem necessidades básicas indispensáveis.
Consequentemente, é determinante avaliar aquilo que é obrigação do Estado e o que não é.
O Estado deve reduzir ao mínimo a sua intervenção neste campo. Quanto mais puxar para si, mais dinheiro precisará e mais impostos terá de aplicar, provocando o desassossego social. É histórico.
Assim crescem os totalitarismos.
Nem a saúde, nem a educação são imperativos do Estado; nem a reforma, nem os subsídios de Natal e de férias, nem o rendimento mínimo. O Estado deverá subsidiar certos cuidados de higiene pública (apoio à maternidade, por exemplo; e vacinação), evitando possuir hospitais; e o mesmo com as escolas.
As corporações terão meios de apoiar, por exemplo, um sócio pobre a quem nasceu uma filha com doença grave, estabelecendo protocolos com hospitais, ordem dos médicos, seguros, etc.
E há as O.N.G.'s.
Quem pagará impostos? Todos aqueles que tiverem rendimentos, à proporção das suas possibilidades.
Será justo que um rico pague mais do que um pobre para que seja feita uma estrada que ambos utilizam de forma igual? Sim, como base no pressuposto de que uma sociedade não é um aglomerado de interesses particulares (contratualismo/ liberalismo), mas, antes, o lugar onde todos procuramos a excelência pessoal e comunitária.
Por fim, o Estado está proibido de usar o dinheiro dos impostos para fins imorais ou ilícitos, como seja subsidiar o aborto." - Mário Cabral in Diário Insular

Jeff Ballard



Este excelente baterista integra neste tema o Kurt Rosenwinkel Quartet. Grande som.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Chamem o FMI (7)


"O risco da dívida pública portuguesa a 10 anos é hoje o que mais sobe no mundo, com um aumento de 18,3 pontos base para 315,05 pontos base, de acordo com os dados da agência financeira Bloomberg." - in DN
"Desta forma, Portugal subiu para a sétima posição na tabela dos países com maior risco de incumprimento dos títulos de dívida soberana." - in TSF

Chamem o FMI (6)


"Na Grécia, até Julho, a despesa tinha caído 14%; na Irlanda 2,9%; em Espanha 2,5%. Então e em Portugal? A despesa subiu 4%." - in i

Jean-Michel Pilc Trio


Interpreta Schumann. Uma outra visão.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CAUSAS DA DECADÊNCIA DOS POVOS PENINSULARES NOS ÚLTIMOS TRÊS SÉCULOS

Discurso proferido por Antero de Quental, numa sala do Casino Lisbonense, em Lisboa, no dia
27 de Maio de 1871, durante a 1.ª sessão das Conferências Democráticas. Leitura obrigatória. O texto pode ser descarregado aqui e aqui.

Maranatha (33)

IV. ECONOMIA

7. O. N. G.’s

"Deve distinguir-se justiça de caridade: aquela está sempre ligada à razão; os seus pressupostos, e as leis e proibições deles derivados, são obrigatórios para quem usa o pensamento com a orientação natural, que é lógica e dialéctica.
Caridade e misericórdia ultrapassam a justiça para cima, no sentido em que se compadecem mesmo de quem não é merecedor. O justo pode não ser piedoso; o piedoso nunca é injusto.
O Estado não deve praticar políticas de caridade. O efeito é perverso: a pessoa preguiçosa, ou com outras falhas morais, é levada a supor que tem direito a isto ou àquilo, invertendo os valores. Gera-se mal-estar social e injustiça em relação àqueles outros cidadãos que, sem defeito moral, precisam mesmo de ajuda, por terem sofrido um infortúnio da sorte.
Ao contrário, quando alguém recebe o apoio que sabe não merecer, não tem por direito aquilo que é uma graça. É tocado moralmente e pode vir a reabilitar-se. A segurança social, sem uma discriminação fina, degrada a condição humana, enquanto a caridade a redime.
Foi por ideologia que os iluministas denegriram a “caridadezinha”; foi para acabar com a Igreja Católica. Desta forma, surgiram os reis absolutistas, que vieram ensombrar o sistema monárquico.
O totalitarismo nunca mais nos largou.
A Igreja está directamente vocacionada para lançar mão das obras de misericórdia; é uma obrigação do seu Credo. Por esta razão, e pela História, é a O.N.G. primeiríssima, em todos os seus campos de acção.
Mas nós, em Maranatha, vamos ter muitas organizações independentes, conforme o carisma próprio de cada: seja religioso, seja humanitário, seja ecológico. O Estado jamais abafará a Cultura, por disfarçados desejos de poder ditatorial." - Mário cabral in Diário Insular

Jean-Jacques Avenel


Com Dan Tepfer no piano, num clássico do mestre Thelonious Monk.

domingo, 5 de setembro de 2010

Medina Carreira de volta ao Pilão



Na revista Única do Expresso, de 2010/09/04.

Jean-Charles Richard


Um trio improvável num clássico de Miles Davis: David Friedman (marimba), Philippe Macé (vibrafone) e Jean-Charles Richard (saxofone soprano). Delicioso.

sábado, 4 de setembro de 2010

Jean Pierre Derouard


Mais um grande baterista, com Ignasi Terraza (piano), Randy Greer (voz) e Dimitri Skidanov (contrabaixo), numa versão de um clássico já a cheirar a Natal. Vale a pena ouvir e ver até ao fim.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

JD Allen Trio


Trio constituído por JD Allen (saxofone tenor), Gregg August (contrabaixo) e Rudy Royston (bateria), num tema onde se destaca o excelente baterista.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010