Independentemente de ganhar o PS ou o PSD, já perdi estas eleições, como perdi todas as anteriores, pois nunca votei no partido vencedor, como não irei votar amanhã.
Além disso a idade dá-nos uma coisa preciosa, que é memória. Enquanto me lembrar de 1984/5, de 1992/94, de 2003 e de 2008/9, nunca votarei nem no PS nem em Ferreira Leite.
Apesar dos protestos, estou convencido que Sócrates continuará a ser primeiro-ministro.
O país ainda não bateu no fundo o suficiente para que os eleitores sintam, e se convençam, que a melhor atitude para resolver o endividamento e o deficit do Estado e o seu peso excessivo, não é a sua negação, como o tem feito Sócrates.
Penso, por isso, que muito do sentido de voto no PS é também um pouco uma fé em que, se negarmos tudo aquilo muitas vezes, os problemas vão desaparecer e, apesar de termos seis milhões de concidadãos a viver directamente dependentes do Estado, o país irá tornar-se mais rico e os salários e as pensões irão aumentar apenas por milagre. Sem trabalho, sem esforço, sem qualificações, sem um ensino exigente.
Por tudo isto também, não estou tão pessimista como alguns em relação a um possível entendimento PS/BE. Sempre gostaria de ver como Louçã iria comportar-se enquanto homem de poder. Além disso poderá ser uma maneira de acelerar as mudanças que o país precisa e isso só vai acontecer quando estiver tudo de rastos, o que acontecerá, estou convencido, se aquele entendimento se verificar. O país precisa de ordem e esta surgirá do caos.
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