sábado, 30 de janeiro de 2010

Outra vez não

"A compra da TVI e agora o caso de Marcelo Rebelo de Sousa mostram que afinal Manuela Ferreira tinha toda a razão. Quando a líder do PSD o denunciou, estávamos de facto a viver um processo de "asfixia democrática" com este socialismo que José Sócrates reinventa constantemente. Hoje o garrote apertou-se muito mais. Ridicularizámos Ferreira Leite pelos avisos desconfortáveis e inconvenientes. No estado de torpor em que caímos provavelmente reagiríamos com idêntica abulia ao discurso da Cortina de Ferro de Winston Churchill quando o mundo foi alertado para a ameaça do totalitarismo soviético que ninguém queria ver. Hoje, quando se compram estações para silenciar noticiários e se afastam comentadores influentes e incómodos da TV do Estado, chegou a altura de constatar que isto já nem sequer é o princípio do fim da liberdade. É mesmo o fim da liberdade que foi desfigurada e exige que se lute por ela. O regime já não sente necessidade de ter tacto nas suas práticas censórias. Não se preocupa sequer em assegurar uma margem de recuo nos absurdos que pratica com a sua gestão directa de conteúdos mediáticos. Actua com a brutalidade de qualquer Pavlovitch Beria, Joseff Goebbels ou António Ferro. Se este regime não tem o SNI ou o Secretariado Nacional de Propaganda, criou a ERC e continua com a RTP, dominadas por pessoas capazes de ler os mais subtis desejos do poder e a aplicá-los do modo mais servil. Sejam eles deixar que as delongas processuais nas investigações dos comportamentos da TVI e da ONGOING se espraiem pelos oceanos sufocantes do torpor burocrático, seja a lavrar doutrina pioneira sobre a significância semiótica do "gestalt" de jornalistas de televisão que se atrevam a ser críticos do regime, seja a criar todas as condições para a prática de censura no comentário político, como é o caso Marcelo Rebelo de Sousa. Desta vez, foi muito mais grave do que o que lhe aconteceu na TVI com Pais do Amaral. Na altura o Professor Marcelo saiu pelo seu pé quando achou intolerável um reparo sobre os conteúdos dos seus comentários. Agora, com o característico voluntarismo do regime de Sócrates, foi despedido pelo conteúdo desses comentários. Nesta fase já não é exagerado falar-se da "deriva totalitária" que Manuela Ferreira Leite detectou. É um dever denunciá-la e lutar contra ela. O regime de Sócrates, incapaz de lidar com as realidades que criou, vai continuar a tentar manipulá-las com as suas "novilínguas" e esmagando todo o "duplipensar" como Orwell descreve no "1984". Está já entre nós a asfixia democrática e a deriva totalitária. Na DREN, na RTP, na ERC, na TVI e noutros sítios. Como disse Sir Winston no discurso da Cortina de Ferro: "We surely, ladies and gentlemen, I put it to you, surely, we must not let it happen again", o que quer apenas dizer: outra vez não." - Mário Crespo in JN em 2010.01.18

Défice, Investimento e Educação

Défice - Orçamento do estado Investimento - TGV, Autoestradas e Aeroporto Educação no País em geral.

Maranatha (2)

I. INTRODUÇÃO

2. DIREITO NATURAL

"Ao contrário do que acontece hoje, em Maranatha o direito natural será o chão de toda a lei.
Há o direito natural e o direito positivo. Grosso modo, os antigos seguem o direito natural, enquanto os modernos (a partir do séc. XVII) optam pelo direito positivo.
Os antigos são, em geral, realistas, ao contrário dos modernos, que são idealistas. Ser realista é considerar que as coisas não são uma invenção humana, que existem fora de nós, com essências próprias, que nada têm a ver com o nosso ponto de vista.
Aos realistas parece evidente que os seres naturais tendem para um fim (causa final). A isto chamam o BEM NATURAL.
Ora, a pessoa humana também está orientada para um fim e isto é a LEI NATURAL. São Tomás de Aquino resume-a assim: «O Bem é para ser alcançado e o mal evitado».
Os modernos afirmam que a realidade é uma construção do ser humano. São idealistas, isto é, garantem que a ciência é uma interpretação subjectiva, sem valor real. Funciona até nova interpretação se impor. São “utilitaristas” e, como é óbvio, relativistas.
O direito positivo deriva daí e, em resumo, declara que cada povo decide as leis que quer para si; cada povo e cada época da história deste povo. Logo, a justiça é igual à lei, sendo a lei arbitrária. A justiça é aquilo que os seres humanos determinam que ela seja.
Os resultados são funestos.
Exemplos: do ponto de vista do direito natural, a escravatura é sempre um mal, mesmo que a lei a permita; e uma mulher não pode ser tratada abaixo da sua natureza de pessoa, mesmo que a lei o contradiga.
O direito positivo está na moda mas está errado. É perigo a evitar a todo o custo. Pode criar leis que defendam a escravatura e o machismo, entre outras similares.
" - Mário Cabral in Diário Insular

Alban Darche

No saxofone e aqui à frente deste projecto muito interessante.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Prós e Contras

Estive a assistir ao Prós e Contras da RTP e ocorrem-me apenas três notas.
1 - Jorge Lacão parece que vem do PCP, tal foi o vira o disco e toca o mesmo; só que num ministro tão fraco (e quanto mais aparece nas televisões, mais se percebe o quão limitado é), o uso da famosa cassete para defender o indefensável, fica grotesco.
2 - Dos restantes participantes, o que esteve melhor, em minha opinião, foi Honório Novo do PCP; claro e objectivo, pôs Lacão no bolso.

Abram Wilson

Executando ao trompete uma grande peça de Duke Ellington.

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Região e o modelo socialista

Depois da Santa Catarina, perspectiva-se a entrada do governo regional no capital de algumas empresas, sendo a última a Sinaga.
Além de ser um retrocesso para os tempos em que, com o PSD no poder, a estrutura de capitais públicos de muitas empresas era a regra, não resulta duma opção ideológica do partido no poder (essa discussão há muito que desapareceu dos dois partidos do centrão). É tão simplesmente uma opção que tem como horizonte o já próximo ano de 2012 e as eleições.
Consigo compreender que sindicalistas, em minha opinião, completamente inúteis em qualquer sistema produtivo, exijam este tipo de intervenção. Já não consigo aceitar que a mesma nos seja explicada com base em argumentos de preservação de sectores estratégicos e de postos de trabalho.
Onde e quando foram definidos esses sectores? Porquê estes e não outros? O que faz com que um posto de trabalho seja mais importante que outro?
Todos sabemos que este tipo de intervenção, podendo evitar algum desemprego no curto prazo, mantém e agrava os problemas estruturais das empresas intervencionadas e como tal da economia em geral. Nada disto seria grave se não fosse suportado por dinheiro público, que seria melhor dirigido, em minha opinião, para a reconversão e requalificação de muitos dos trabalhadores afectados, em especial numa região que tem como um dos seus maiores problemas estruturais uma mão de obra muito pouco qualificada.
Um dos princípios da economia é a certeza que as empresas nascem, crescem, definham e morrem. É apenas uma questão de tempo. E quando é a altura de morrerem devem fazê-lo em paz. Não é uma desgraça. Desgraça é perpetuar os problemas e empurrá-los para o futuro, consumindo recursos colectivos que, sendo necessariamente escassos, simplesmente não podem ser desbaratados.

Abel Boquera (no Dave Wilkinson Trio)

Lembram-se quando os órgãos tinham todo este som, as guitarras não tinham pedais e as baterias eram minúsculas? Simples. Muito bom.

sábado, 23 de janeiro de 2010

PIIGS

Já conhecíamos os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Agora há os
PIIGS. Só que estes não voam, como os do álbum Animals dos Pink Floyd. Estes são Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha e, quanto muito, alguns poderão a curto prazo fazer um vôo para fora da Zona Euro. E escuso de voltar a referir quem são os candidatos favoritos.
E os avisos continuam. O
Der Spiegel considera Portugal um dos maiores problemas da Europa, o que é simpático, e Thomas Mayer, do Deutsche Bank, lança a questão "Abandonarão estes países problemáticos a Zona Euro por si mesmos?"

Serão também eles uns perigosos neo-liberais?

A SEDES, associação por onde já passaram nomes como Oliveira Martins, Constâncio e Guterres, publica hoje uma tomada de posição no seu blog sobre o estado do país.
Terá alguma influência sobre o Governo, ou será a SEDES também uma perigosa associação neo-liberal?

Maranatha (1)

1. A PESSOA HUMANA

"Uma sociedade é tanto mais perfeita quanto mais respeitar a pessoa humana na sua integridade. Em Maranatha a pessoa humana será reverenciada desde o primeiro dia da sua vida individual até ao último.
Existe a possibilidade real doutro tipo de pessoas, em concreto os extraterrestres, os anjos e Deus. Ocupar-nos-emos delas no último capítulo desta série de crónicas.
No mundo físico tal e qual o conhecemos, em 2010, os seres humanos são os únicos a merecer esta designação. Considera-se pessoa todo o ser capaz de consciência, vontade livre, afectividade e tendente à relação, através da linguagem.
Sabemos que somos livres porque somos conscientes; livres, somos responsáveis pelos nossos actos de vontade, que podemos justificar, diante dos outros, através do discurso coerente. Só quem é responsável é que tem direitos. Só as pessoas têm direitos.
Logo, os animais não têm direitos, pois desconhecem o que seja o dever e não apresentam razões. Isto não significa que possamos tratá-los mal, sem motivo.
E os fetos, serão pessoas? E os seres humanos em coma? E os loucos? E os velhos com Alzheimer?
Alguns filósofos contemporâneos muito influentes respondem que não. Nenhum destes exemplos pensa, sente, tem vontade e comunica. Por isso, Peter Singer acha que os chimpanzés em vias de extinção têm mais direitos do que um feto. Defendem o aborto, a eutanásia e experiências iguais às dos nazis.
Em Maranatha garantiremos, por lei, que todos aqueles exemplos são pessoas humanas. O ADN do feto orienta-o para este fim processual, enquanto um chimpanzé jamais apreciará poesia; não está no ADN dele. Quem vê o velho com Alzheimer como pessoa ama-o como ser igual a si próprio.
A pessoa vale por si.
" - Mário Cabral in Diário Insular

"Não há justificação para corte de salários este ano" - o que significa?

Discussão interessante para acompanhar aqui, no 4R - Quarta República.

Abe Rábade

Excelente som com origem na sempre bela Galiza.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Give wind to the shoes and plit yourself *

É de ir às lágrimas (ver aqui). Só não sei se de rir, se de chorar. Alguém devia trazer esta senhora de volta para não termos de nos sujeitar a cenas destas.
Só falta mandarmos o Zezé Camarinha para o Parlamento Europeu discursar em inglês.

* Frase retirada do Dicionário Inglês-Português by Zezé Camarinha

O problema da dívida (1)

"Como se viu ontem nos mercados, Almunia acertou em cheio: os "yields" da dívida pública portuguesa superaram em um ponto percentual os "yields" da alemã, algo que não se vivia desde Junho de 2009. Coisa que só pode ter um significado: os mercados, embora continuem a comprar dívida portuguesa, olham para nós como "o próximo". É justo? É irrelevante. O que conta são os factos. E eles são indesmentíveis: se a Grécia (a quem a Moody's não retirou o Outlook negativo, apesar das promessas de corte do défice orçamental) cair, Portugal vai a seguir. Será que alguém no Terreiro do Paço, em São Bento e na São Caetano à Lapa está a prestar atenção aos mercados?" - Camilo Lourenço in Jornal de Negócios

Aaron Parks

O esplendor do piano pelas mãos de um jovem pianista de Seattle.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O problema da dívida

Há dias o spread da dívida de Portugal, no principal benchmark (10 anos), ultrapassou o da Itália. Estamos agora em 3º lugar, sendo só ultrapassados pela Grécia e pela Irlanda. No caso da Grécia ultrapassa já os 300 bps, duplicando a taxa de juro da dívida alemã (ver gráfico n'O Insurgente).
Curiosamente isto passou quase despercebido na maioria dos blogs e até da imprensa. Recomendo, por isso, a leitura deste post de Tavares Moreira sobre o assunto, publicado no 4R - Quarta República, para percebermos o que nos poderá acontecer num prazo muito curto.

Aaron Goldberg trio

Começar o dia com dez minutos de excelente música.
Vou começar uma nova ronda pelo jazz, privilegiando desta vez os autores e intérpretes contemporâneos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Comparações

A - 4,2 mil milhões de euros - “empréstimo” da Caixa ao BPN
B – 7 mil milhões - Reconstruir o Haiti

publicado no Albergue Espanhol

Justiça 3

Ainda a nossa Justiça.

O que andará o homem a tomar...

Coitada da Venezuela. Já não lhe bastava ir rumo ao abismo, desculpem, ao socialismo.
A sanidade de Chávez degrada-se a um ritmo preocupante.

Amílcar Cabral - 1924/1973

É o rosto de um sonho que se cumpre em Cabo Verde e continua por cumprir na Guiné.

D. Sebastião - O Desejado


A grande esperança para dar continuidade à dinastia de Avis, nasceu em Lisboa há 456 anos, em 1554, filho do Príncipe D. João, e foi o 16º Rei de Portugal. Morreu em Alcácer Quibir, Marrocos, em 4 de Agosto de 1578.

Ziad Rahbani


Porque do Líbano não vem apenas som como o do Mika, vale a pena escutar este excelente compositor.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ainda a Grécia

"If the eurozone fails to support Greece or makes the terms of any bail-out politically impossible for the country's authorities to meet, Greece could default on its sovereign debt. The eurozone would then face a big problem. The financial markets would quickly turn their attention to other euro bloc economies with unsustainable fiscal positions and poor growth prospects. Italy, Spain and Portugal would find themselves paying dramatically higher borrowing costs, raising the likelihood of further fiscal crises. Such a scenario would almost certainly deter the European Union's remaining central and eastern European member states joining the eurozone any time soon. And the political fallout would be huge.(...)
(...)The eurozone needs tougher fiscal rules. But it also has to set limits on intra-eurozone current account surpluses and deficits. Fiscal rules will mean little without the latter. The alternative to such rules is a fiscal (hence political) union. This would involve the "stronger" economies transferring money to the "weaker" ones on an ongoing basis, much as happens within individual member states. No one appears to want this, least of all the "strong" countries.
" - Simon Tilford in Finantial Times
O autor aponta uma receita. Mas estarão países como a Alemanha dispostos a aceitá-la?

Perfect pictures for an imperfect world

Em Julho 2009 toda a oposição concordou com IVA com Recibo. Estará inserido no OE 2010?



IVA com Recibo pode salvar milhares PMEs e proporcionar o aumento do Emprego. Aguarda-se com expectativa potenciais alterações no OE 2010.

Em época de negociações para o OE 2010, recordamos que toda a oposição esteve de acordo com a proposta do IVA com Recibo aquando da discussão da petição na AR em Julho 2009. O Movimento IVA com Recibo enfatiza que esta medida pode salvar milhares de Micro empresas e PMEs e proporcionar o aumento do Emprego. O Movimento pede assim que os Políticos actuem de forma responsável para com 99,6% do tecido empresarial Português.

Todos os partidos da oposição ao Partido Socialista na Assembleia da República concordaram com os princípios formulados pelo Movimento Cívico IVA com Recibo, aquando da discussão da petição no dia 22 Julho 2009. O PS que detinha a maioria não viabilizou esta medida que em muito ajudaria milhares e milhares de PME portuguesas, e considerou-a uma demagogia política. No entanto, o contexto político alterou-se e agora a oposição tem o dever de fazer valer a sua opinião unânime.

Com o enquadramento económico actual, linhas de financiamento que não chegam às empresa e a perspectiva de aumento das taxas de juro, o que as PMEs querem é libertação de tesouraria para que possam desenvolver o seu negócio. Muitas empresas estão a realizar livranças relativas a facturas que não são pagas, de forma a poderem pagar o IVA e os salários. Por exemplo, uma livrança de 50,000 euros, a 90 dias, referente a facturas em atraso de grandes empresas, implica cerca de 400 euros de custo. Estes custos adicionais fragilizam também a empresa relativamente a novas contratações”, afirma Sofia Santos, coordenadora do Movimento e micro-empresária.

Recordamos também as afirmações dos deputados da oposição no dia 22 de Julho 2009, aquando da discussão da petição IVA com Recibo que recolheu 10,077 assinaturas:

«O IVA com Recibo é uma medida de grande justiça para as PME, e não implica nenhuma diminuição das receitas do Estado, e apenas uma pequena dilação temporal dos pagamentos», afirmou o deputado José Manuel Ribeiro, PSD.

O CDS-PP, pela voz do deputado Hélder Amaral disse que o seu partido «se revê completamente na petição, pois para além de ser justa é uma questão de bom-senso.»

O PCP através de Honório Novo afirmou que «só a teimosia e falta de vontade do PS impede a alteração do actual regime. Não há nada que impeça esta alteração, nem mesmo as regras comunitárias». Adiantou que esta alteração poderia ser dada por etapas, iniciando-se o processo pela implementação do IVA com recibo «nas relações com a Administração pública e também para as microempresas. É possível fazer, falta vontade política».
O Bloco de Esquerda apoiou o IVA com Recibo pela voz de Alda Macedo: «As PMES enfrentam actualmente um problema acrescido devido à sua difícil situação de liquidez. O BE apoia a petição e afirma que é uma alteração que não é posta em causa pela directiva europeia».

Esperamos seriamente que a medida do IVA com recibo seja incorporada no OE 2010 pelo menos para algumas PMES e para o relacionamento com a Administração Pública. Caso tal não aconteça, os Portugueses devem questionar-se sobre a importância que todos os Partidos políticos dão, de facto, às PMES. A discussão do PEC não deve sobrepor-se à discussão do IVA com recibo. São ambos aspectos fundamentais à saúde das PMES e micro empresas, e a discussão do IVA com Recibo não pode ser esquecida”, acrescenta Sofia Santos.

Recordamos que a 21 de Maio de 2009, o Movimento enviou uma carta assinada pelo Comissário Europeu dos Assuntos Fiscais, Laszlo Kovacs, onde este afirma que o Governo Português pode decidir aplicar para as PMES o regime de IVA com Recibo, sem pedir qualquer derrogação à União Europeia. Também a todos os Grupos Parlamentares foi enviada essa mesma carta do Comissário Europeu aquando da Audiência do Movimento com Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República. Em 2009 o Movimento enviou também ao Dr. Jaime Gama um dossier com legislação comparada em vigor em vários países Europeus. Este Dossier foi posteriormente reencaminhado para a Comissão de Orçamento e Finanças.


Do Movimento Cívico IVA com Recibo. A causa continua viva.

Il Trovatore

Um anúncio a uma marca de cerveja popularizou este coro da ópera Il Trovatore, de Verdi. Estreou em Roma há 157 anos. Simplesmente brilhante, como tudo em Verdi.

Elis Regina - 1945/1982

Partiu há 28 anos.

Edgar Allan Poe

No dia em que faria 201 anos, uma sugestão de leitura: Contos Fantásticos.

Woody Herman

Fantástico.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Novo aviso

"O aviso foi deixado esta tarde, em Bruxelas, pelo ministro holandês das Finanças (Wouter Bos), à entrada do encontro mensal entre os seus colegas do euro: "A situação grega é séria", mas é o Governo de Atenas que a tem de resolver "por si mesmo".(...)Jim Reid é um dos analistas que hoje voltou a referir o perigo de a falta de credibilidade grega desencadear um “circulo vicioso”, que poderá contagiar outros países do euro, citando o caso da Irlanda e de Portugal, que sofreram igualmente uma fortíssima deterioração, ainda que não tão acelerada, da sua posição orçamental." - in Jornal de Negócios

Relembro outros aqui, aqui e aqui. E lá continuamos nós a ser referidos como potencial caso idêntico.


William Parker

Outro grande senhor do baixo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Maranatha

0. APRESENTAÇÃO

"Agradeço ao Diário Insular o convite para um segundo ano de crónicas. Parto do princípio que tal gesto significa terem os Pecados Capitais encontrado um público interessado e agradeço aos meus leitores.
Desta vez ocupar-me-ei da política. Sem ter sido planeada, a sequência tem lógica e interessa a toda a minha argumentação futura. Num tempo em que o mundo da política é medíocre e imoral, uma pessoa sensata talvez devesse afastar-se do campo. A verdade é que o assunto é central à Humanidade e um cidadão responsável tem o dever moral de combater a decadência.
Maranatha é o nome do país que vou desenhar durante este ano nas minhas crónicas de sábado. Pensei noutros títulos, como sejam: República, Utopia, Tribuni Plebis…Trata-se dum modelo ideal de sociedade humana, onde cada pessoa se realiza integralmente no grupo.
Não vou fingir que estou num tempo nunca vivido ou num lugar que não existe na Terra; por isso, deixei cair o título Utopia. Muitas das melhores soluções sociais já foram vivenciadas; não acredito no bom selvagem nem subscrevo o ideal do progresso.
É minha vontade mostrar que se pode falar de política de maneira concreta e simples, evitando a retórica moderna, que interessa aos homens mal intencionados.
Parto da pergunta: «Se tivesse de organizar uma nova civilização, como a faria?».
Não vou aparentar ter perdido a memória ou a idade. Não ponho nada do passado fora: nem os erros, nem os grandes feitos. Vou construir a minha cidade com todos os meus conhecimentos factuais, filosóficos, morais, etc. Mas dou-me o direito pleno de criar o novo.
O esboço actual contém sete capítulos: Introdução, Fundamentos, Poder, Economia, Educação, Cultura e Religião. Admito reformulações.
" - Mário Cabral in Diário Insular

Venham elas.

Weather Report

Mais que dispensam apresentações.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Para fechar o dia

"Socialism is a philosophy of failure, the creed of ignorance, and the gospel or envy, its inherent virtue is the equal sharing of misery." - Winston Churchill (para terminar o dia de trabalho que acabou com a entrega de uma bela quantia à Segurança Social, coisa que me deixa sempre de bom humor).

Porque deverá a Grécia sair do euro a curto prazo

Para quem estiver interessado em perceber as semelhanças entre a Grécia actual e a Argentina dos anos 90 e os motivos que levarão a curto prazo à sua exclusão do euro, este artigo de Desmond Lachman no Finantial Times é uma boa ajuda.
Espero que Sócrates e Teixeira dos Santos tenham a sua assinatura em dia.

Talvez seja vontade de entrar no Guinness Book of Records

A propósito do seu 67º aniversário, em 28 de Agosto de 2009, publiquei este post no qual referia o facto de José Eduardo dos Santos estar no poder há 30 anos (desde 21 de Setembro de 1979).
Parece que agora quer mesmo garantir o lugar, para o qual nunca foi eleito, em termos vitalícios.

Haiti

A par de todo o sofrimento, para o qual já não há nada que possamos dizer, é impressionante como um sismo fez também desaparecer um Estado inteiro. E desapareceu talvez porque, não obstante ter começado com um auto-proclamado imperador (Jacques Dessalines em 1804), sempre foi inviável.

Vital Information

Contagiante.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Aumentos salariais no Estado

A intenção já manifestada pelo Governo de limitar os aumentos dos empregados do Estado a valores em torno da inflação prevista em 2010 é um primeiro passo indispensável, inevitável, mas insuficiente para se dar início a por ordem nas contas públicas.
Aliás, se a ideia do Governo é o não aumento da massa salarial da Administração Pública teria de ir mais longe e congelar subidas de carreira e subsídios. É elementar, mas não creio que vá tão longe.
Resta esperar pela discussão do OE e tentar perceber o enquadramento desta medida.

Para fechar o dia

"The democracy will cease to exist when you take away from those who are willing to work and give to those who would not." - Thomas Jefferson

Anaïs Nin

Quando passam 33 anos depois da sua morte, uma sugestão de leitura: Delta de Vénus. Vale a pena ver também o filme Henry & June, com Maria de Medeiros, e depois partir para a obra de Henry Miller.

Há 110 anos...

...Puccini estreava Tosca. Ópera, a mais bela de todas a artes.

Sonda Cassini-Huygens

A sonda Cassini-Huygens aterrou em Titã há 5 anos. Estes passos um dia farão parte da história da preservação da nossa espécie, necessariamente longe da nossa bela nave espacial comum a que chamamos Terra.

Vincent Herring

Com muita classe.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Justiça 2

Ainda a Justiça, desta vez com o ex-bastonário Rogério Alves.

Orçamento grego não é fiável

Os avisos à navegação continuam. Cada vez mais nos colam aos gregos, tão parecidas são as situações dos dois países. Se assistirmos à saída da Grécia do euro a nossa vez não andará longe. Depois ainda alguém dirá que não nos avisaram.

Estado passa cheques carecas

Espero que tenha sido feita a devida participação ao Banco de Portugal e que o arguido fique inibido do uso de cheques até voltar a ser uma pessoa de bem.

Viktoria Tolstoy

O encanto das vozes femininas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Manuel Alegre

"Não se resolvem os problemas da economia sem orgulho ou confiança no país, se as novas gerações andam de estágio em estágio e os melhores ficam na precariedade ou abandonam o país. A minha geração nasceu sob a ditadura, mas nós acreditávamos em Portugal. Como é que hoje os jovens acham que isto não tem perspectivas? Portugal tem futuro mas o país está doente. E isto não pode ser enfrentado com uma visão tecnocrática, é preciso visão política, cultural e histórica. Essa é a função do PR." - Manuel Alegre
Ou seja, não faz a mínima ideia de como se podem resolver os problemas da economia, o que não é de admirar em alguém que, desde que regressou a Portugal em 1974, não fez mais nada senão vaguear pelos corredores do poder.
Pessoalmente admiro-o com resistente e poeta. Mas nunca terá o meu voto para Presidente da República.

Ute Lemper

O encanto das vozes femininas.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Big enough?

"A government big enough to give you everything you want is big enough to take everything you have... The course of history shows that as a government grows, liberty decreases." - Gerald Ford's August 12th, 1974 address to Congress.

Mais défice? Não, obrigado.

"Nos dias que correm até a extrema-esquerda é defensora incondicional do keynesianismo na sua expressão mais elementar, um dia destes ainda alguém se lembra de considerar John Maynard Keynes um dos maiores marxistas deste século e não me admiraria nada que o Avante venha a publicar a sua obra ao lado das Obras Completas de Lenine. Só que o nosso défice nada tem que ver com o defendido pelo economista britânico, nós não temos um défice para combater uma situação de crise, nós temos um défice permanente e quando não aumenta para combater a crise, aumenta por causa da crise que ele próprio gera." - o resto do post pode ser lido no insuspeito O Jumento

No Pants Subway Ride 2009

Parece que vai haver uma em Lisboa no Domingo. É pena não existirem já os túneis entre as ilhas do triângulo...podia chamar-se "No Pants Tunnels of the Triangle".

O que seria deles...(1)

"A ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues é a nova presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), confirmou à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro." - in Notícias SIC
E ainda há quem pense em salvar o país deste Estado, e o Estado deste governo. Invejosos!

Toots Thielemans

O homem que transformou a harmónica num instrumento do jazz.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Voltemos aos assuntos mais difíceis

Agora que o casamento entre pessoas do mesmo sexo está resolvido e que os professores se entenderam com a Ministra da Educação, está na altura de deixarmos de andar distraídos com estes assuntos (que são sérios) e passarmos aos mais difíceis e emergentes (que são ainda mais sérios): orçamento, economia, deficit público, dívida externa, desemprego, educação, justiça, etc..

Apoiar as empresas

"Com o desemprego a atingir níveis pouco habituais para economia portuguesa não há quem não fale da necessidade de criação de emprego, do Presidente ao governo, passando pelos políticos da oposição, todos chegam a essa brilhante conclusão, na linguagem presidencial até se tornou uma “preocupação”. Mas no dia seguinte, todos esquecem o emprego e voltam ao populismo anti-empresa, até parece que são as autarquias, o governo e a Presidência da República vão arranjar emprego aos que a crise mandou para o desemprego." - o resto do post pode ser lido no insuspeito O Jumento

Carlos Barretto em Angra


Já teve presença aqui no blog e vai estar em Angra amanhã. A não perder.

Geração(ões) entalada(s)

O Albergue Espanhol publicou neste post um artigo de António Nogueira Leite publicado no Expresso há 9 anos. Podia ter sido escrito hoje, pois estes nove anos foram simplesmente anos perdidos.

Tony Bennett

A grande voz que teve o pesado fardo de ser contemporânea da de Sinatra. Inimitável.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que seria deles...

"Regressou o bom e o velho estado. O que seria de nós sem o Estado?, questionou José Sócrates na sua intervenção de abertura do simpósio." - in Público
Arrumavam prateleiras nalgum hipermercado?, pergunto eu.

Salvar o país deste Estado, e o Estado deste governo


"Ontem de manhã fui ao Portal do Governo, abri um por um os perfis profissionais de todos os membros do Governo, e confirmei uma suspeita: nenhum deles trabalhou a maior parte da vida no sector privado. A maioria nunca o fez. Alguns, poucos, exerceram vagamente a advocacia, mas há muito que não têm "escritório". Duas ministras terão ganho mais em direitos de autor do que com os proventos dos lugares que mantêm na administração pública. E até a "sindicalista" nunca trabalhou numa empresa, começou logo como funcionária da UGT. Considerando o conjunto dos ministros, o número total de anos passados no Parlamento ou em gabinetes ministeriais não deve ser muito diferente do acumulado a dar aulas em universidades públicas." - José Manuel Fernandes, publicado a 3 de Janeiro de 2010 no Jornal Público (ver artigo completo aqui)

Tom Harrell

Tom Harrell aqui com um fliscorne em vez do seu trompete.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Diferenças


"Assistir ao duríssimo questionamento da comissão de inquérito senatorial nos Estados Unidos para a nomeação da juíza Sónia Sottomayor para o Supremo Tribunal é ver um magnífico exercício de cidadania avançada. Não temos em Portugal nada que se lhe compare. Se os nossos parlamentares tivessem a independência dos congressistas americanos, Cavaco Silva nunca teria sido presidente, Sócrates primeiro-ministro, Dias Loureiro Conselheiro de Estado, Lopes da Mota representante de Portugal ou Alberto Costa ministro da Justiça. O impiedoso exame de comportamentos, curricula e carácter teria posto um fim às respectivas carreiras públicas antes delas poderem causar danos.

Se a Assembleia da República tivesse a força política do Senado, os negócios do cidadão Aníbal Cavaco Silva e família, com as acções do grupo do BPN, por legais que fossem, levantariam questões éticas que impediriam o exercício de um cargo público. Se o Parlamento em Portugal tivesse a vitalidade democrática da Câmara dos Representantes, o acidentado percurso universitário de José Sócrates teria feito abortar a carreira política. Não por insuficiência de qualificação académica, que essa é irrelevante, mas pelo facilitismo de actuação, esse sim, definidor de carácter.

Do mesmo modo, uma Comissão de Negócios Estrangeiros no Senado nunca aprovaria Lopes da Mota para um cargo em que representasse todo o país num órgão estrangeiro, por causa das reservas que se levantaram com o seu comportamento em Felgueiras, que denotou a falta de entendimento do procurador do que é político e do que é justiça. Também por isto, numa audição da Comissão Judicial do Senado, Alberto Costa, com os seus antecedentes em Macau no caso Emaudio, nunca teria conseguido ser ministro da Justiça, por pura e simplesmente não inspirar confiança ao Estado.

Assim, se houvesse um Congresso como nos Estados Unidos, com o seu papel fiscalizador da vida pública, por muito forte que fosse a cumplicidade dos afectos entre Dias Loureiro e Cavaco Silva, o executivo da Sociedade Lusa de Negócios nunca teria sido conselheiro presidencial, porque o presidente teria tido medo das cargas que uma tal nomeação inevitavelmente acarretaria num sistema político mais transparente. Mas nem Cavaco teve medo, nem Sócrates se inibiu de ir buscar diplomas a uma universidade que, se não tivesse sido fechada, provavelmente já lhe teria dado um doutoramento, nem Dias Loureiro contou tudo o que sabia aos parlamentares, nem Lopes da Mota achou mal tentar forçar o sistema judicial a proteger o camarada primeiro-ministro, nem Alberto Costa se sentiu impedido de ser o administrador da justiça nacional em nome do Estado lá porque tinha sido considerado culpado de pressionar um juiz em Macau num caso de promiscuidade política e financeira. Nenhum destes actores do nosso quotidiano tinha passado nas audições para o casting de papéis relevantes na vida pública nos Estados Unidos. Aqui nem se franziram sobrolhos nem houve interrogações. Não houve ninguém para fazer perguntas a tempo e, pior ainda, não houve sequer medo ou pudor que elas pudessem ser feitas. É que essa cidadania avançada que regula a democracia americana ainda não chegou cá.
" - Mário Crespo in JN em 2009/08/03
E o Mário Crespo se estivesse ainda na RTP parece-me que já estaria na rua. Mas isto sou eu a pensar...

A Invenção

Comparado com isto a descoberta do fogo ou a invenção da roda não passam de notas de rodapé na história da evolução da nossa espécie.
(imagem recebida hoje por mail)


Depois do imposto mais estúpido do mundo, o mais salazarento

Guterres classificou a extinta Sisa como o imposto mais estúpido do mundo, mas nunca acabou com este imposto (esta reforma foi feita depois pelo governo PSD/CDS).
Sócrates vem agora namorar o país e a oposição com a extinção do que é, em minha opinião, o imposto mais salazarento de todos, por ser do tipo "porque sim": o imposto de Selo.
Mas para quem já está a ficar preocupado com a ideia de que o socialista Sócrates está a perder o tino (acabar com impostos), pode ficar descansado. A proposta é a de o extinguir apenas no que não dá receitas ou quase. No resto mantém-se.

As ilusões

"Jürgen Stark, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), adverte que é "ilusão" assumir-se que os parceiros do euro irão resgatar a Grécia, caso esta não consiga honrar o pagamento da sua dívida." - in Jornal de Negócios
O aviso vem do BCE, pela boca deste alemão, não obstante os gregos terem um compatriota seu como vice-presidente (Lucas Papademos).
Se chegar a nossa vez depois não digam que não fomos avisados.

Tito Puente

Um dos grandes mestres dos ritmos latinos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

S. João e dívidas

"A presidente entende, no entanto, que numa organização que se estende por 10 dias e alberga seis dezenas de voluntários não existindo um controlo profissional da despesa vão surgindo situações desta natureza." - in A União
"Estas dívidas resultam, por um lado, de sobrevalorização das receitas, ou seja, de deficientes orçamentações; e, por outro, de deficientes controlos das despesas, que originaram derrapagens financeiras, sublinha Andreia Cardoso." - in
Diário Insular
Nada disto seria sequer notícia, não estivessem em causa 1,5 milhões de euros (mais de 300 mil contos) de dinheiros públicos.

PECADOS CAPITAIS (48)

CONCLUSÃO

3. A VIRTUDE

"Depois de um ano inteiro a falar de pecados pode-se ficar com a impressão perversa de que não é possível ser perfeito e, portanto, que mais vale gozar a vida enquanto é tempo.
Na verdade, é muito difícil atingir a perfeição, mas este facto não diminui em nada a beleza da virtude e a obrigação moral de fazermos o bem e de evitarmos o mal a todo o custo.
Outra pecha apontada com frequência ao discurso moral resume-se na frase: «Bem prega Frei Tomás; faz o que ele diz, não faças o que ele faz». É um ditado divertido na sua ambiguidade, pois da evidência de uma pessoa ser imperfeita não se pode concluir que não tenha o dever de apontar para a perfeição.
Aborrece muitíssimo cair e voltar a cair em pecados que são reconhecidos na sua manifesta deficiência. Aceitar a queda como uma fatalidade é desistir da condição humana, que é marcada pelo sopro da perfeição.
Para além disso, há muitos exemplos de pessoas virtuosas, que praticaram e praticam o bem num grau heróico e santo. Ao lado delas, o corrompido surge com a fealdade dos monstros, mais próximo da bestialidade do que da luz racional.
Os filmes da moda tomam por heróis as personagens más, que dizem obscenidades e praticam a violência indescritível. A arte, em geral, produz obras inacabadas e disformes, de péssimo gosto. A alma boa é ridicularizada na praça pública. São sinais da decadência ocidental, que há que inverter.
O Bem tem de levantar a cabeça e a virtude impor-se como o garante da cidadania, pois este atrevimento contemporâneo só existe porque alguém trabalha em silêncio e paga os impostos que servem para o rendimento mínimo, a saúde pública e a escola do Estado.
O Bem é que é absoluto.
O mal é sempre relativo ao Bem.
" - Mário Cabral in Diário Insular

O Governo e o PEC

"O Governo quer repor o Pagamento Especial por Conta (PEC) na Proposta do Orçamento do Estado para 2010, contrariando as anteriores iniciativas legislativas dos partidos da oposição para extinguir este ano o imposto que funciona como uma espécie de colecta mínima para as empresas." - in Diário Económico
Sócrates não desiste de um dos mais abjectos impostos do nosso sistema fiscal.
É importante que se esclareça que a extinção do PEC em nada afecta as receitas do Estado. A única diferença é que não as recebe adiantadas, pois com o PEC as empresas não fazem mais que financiar o Estado em 300 milhões de euros, adiantando-lhe pagamentos que terão sempre de fazer em devido tempo.
Já agora, a conversa da fraude e evasão fiscais já começa a cheirar mal.