quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os nossos transportes marítimos

Os folhetins da novela "Transportes Marítimos nos Açores" continuam a aparecer na imprensa. São tantos e tão repetitivos que já ninguém lhes liga.
Não fosse um assunto sério e do interesse geral da população, poderia ser usado numa qualquer comédia, pois alguns chegam a ser hilariantes.
Continuo à espera do dia em que o Governo Regional (do PS ou do PSD, pois as asneiras têm sido feitas por ambos), torne possível viver nas Velas e trabalhar na Horta, ou viver nas Lajes do Pico e trabalhar na Calheta (seja com navios ou com aviões), dando forma ao potencial que o triângulo tem, não só para aquelas ilhas mas para a Região, e que a classe política teima em não ver.
É urgente fixar gente naquele espaço e só com mobilidade isso será possível. Até lá, acompanhemos os folhetins dos navios que chegam e não navegam, que navegam e não atracam ou que atracam e já não navegam porque têm rombos ou chumbam nas inspecções.
Querem um eleitorado mais pacífico ainda? Não conseguem. Mais abstencionista, talvez.

2 comentários:

  1. Pessoalmente acho o seguinte:
    E desde quando é elegemos governos para serem armadores?
    Não há coisas mais urgentes a fazer?

    ResponderEliminar
  2. Caro Anónimo,

    Não podíamos estar mais de acordo: o papel do governo não é ser armador, mas sim criar condições para que se instalem na Região armadores a prestar estes serviços com os navios adequados (confira o caso Canadamar).
    Coisas mais urgentes da esfera do governo: criar condições para fixar pessoas no "interior" da Região cuja desertificação é preocupante (a Região perdeu 26% da sua população entre 1960 e 2001; são 85 683 habitantes e valores absolutos)

    ResponderEliminar