Mas pensando bem, o que pode parecer um simples processo legislativo e financeiro levanta muitas questões que, em minha opinião, dão alguma razão a Miguel Cadilhe: o BPN foi nacionalizado porque o Governo quis, foi uma decisão política. Além do simbolismo político de ser a primeira nacionalização depois do Verão Quente de 75 e do PREC.
Parece-me pois um mau princípio. Se o Banco não tinha condições para estar no mercado devia simplesmente falir. Ao contrário do que se quer fazer crer, não é certo que os depósitos dos clientes estivessem em causa.
Quem sabe não surgirá um dia destes um movimento do tipo "Queremos ser nacionalizados já!". Os primeiros sinais, em tom irónico, já aí estão. Bem vistas as coisas, no meu caso até teria algumas vantagens: entraria dinheiro fresco na empresa, teria um gestor que passaria a ter as funções de falar com as Finanças, com a Segurança Social, com as Câmaras, com os bancos, de arranjar dinheiro no fim do mês e das cobranças. E eu poderia trabalhar.
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