Os Açores não deixaram indiferente o político que se autoqualificava de "homem do mar" e que, numa conferência de imprensa em 1945, afirmaria, a propósito da localização da sede da ONU, desejar que no edifício "do tipo do Empire State Building, de Al Smith", apenas ficassem "os arquivos e o respectivo pessoal" e "muitas das conferências" se realizassem "numa das ilhas dos Açores". E justifica: "Já lá estive uma vez. (...). Têm um clima maravilhoso."Mas não foi só o clima e a paisagem açoriana que cativaram Roosevelt. Ele compreendeu como ninguém o valor estratégico do arquipélago e, em discurso proferido em Ponta Delgada durante a sua visita há 90 anos, sublinhou isso mesmo ao afirmar que "Portugal entrou na aliança europeia, mas os Açores fazem mais do que isso, pelas condições especiais da sua posição estratégica". in Diário de Notícias
Hoje, enquanto conduzia para o trabalho, ouvi na Antena 1 uma referência ao desejo deste político de excepção, que esteve na Horta em 1918, sobre a localização da sede da ONU na Região.
Achei-a curiosa e deixou-me a pensar que país e região teríamos hoje se aquele desejo se tivesse concretizado e tivéssemos hoje a sede da ONU na Horta.
Afinal a História repete-se, ao contrário do que julgamos.
Por isso continuo a questionar-me: que região teríamos hoje se o Governo tivesse sido instalado nas Flores em vez de em S. Miguel, se a Universidade estivesse no Pico em vez de em S. Miguel, na Graciosa em vez da na Terceira e em S. Maria em vez da no Faial, e o parlamento estivesse em S. Jorge em vez de na Horta.
Sem comentários:
Enviar um comentário