As linhas de crédito aprovadas a 16 de Janeiro e disponibilizadas pelo Governo Regional nunca me convenceram e não me enganei.
Logo à partida porque quem optou por pagar salários em lugar de impostos ficou excluído.
Depois os processos são lentos, demorando em média cerca de 5 meses, e o pedido de documentação é feito a conta-gotas, método tão ao gosto português de nunca pedir tudo de uma vez e fazer o contribuinte perder tempo e sanidade mental.
Se a ideia era dar liquidez à tesouraria das empresas, essa ilusão dissipou-se quando alguns bancos aproveitaram a Linha de Crédito de Apoio à Reestruturação de Dívida Bancária para saldar as dívidas que as empresas tinham em Contas Correntes Caucionadas cancelando-as de seguida.
Ou seja, a banca resolveu ao seu problema e as empresas ficaram com um problema de falta de liquidez ainda maior, já que os prazos de pagamento pioraram e eram precisamente as CCC que, apesar de custarem os olhos da cara, iam permitindo ter alguma tesouraria.
Consequência: a linha Açores Investe que deveria destinar-se a investimento, logo a estimular de alguma maneira o mercado interno, vai ter de servir para tesouraria e o investimento ficará para melhores dias.
Para as empresas fica tudo pior porque se endividaram um pouco mais e continuam sem liquidez.
A banca fez um excelente negócio para resolver a sua falta de liquidez, vai cobrar juros, cobra um spread que é um roubo, tem a maior parte do montante das linhas garantidas por aval do GR e não põe crédito na rua.
Simplesmente brilhante.
Cada vez me convenço mais que é uma injustiça o Oliveira e Costa estar preso sózinho.
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