Este será o último post sobre este tema e só volto a abordá-lo para fazer uma espécie de conclusão.Nada me move contra o Empreendedorismo e concordo que pode ser um factor importante na mudança de atitude que o nosso país tanto necessita.
Mas estou também convencido que a maioria dos que tentam vender esta ideia aos mais jovens não sentiram nunca as agruras de quem tem de sobreviver por sua conta e risco.
Este meu cepticismo resulta da seguinte observação: não vejo Empreendedores a passar pelas cadeiras do Poder e também não vejo quem anda por aquelas cadeiras a deixá-las para empreender (obviamente que estou a deixar de fora casos como os de Jorge Coelho, Dias Loureiro, Pina Moura, etc., pois nunca foram nem nunca serão empreendedores, logo não são exemplo para quem o pretende ser).
Opinar e aconselhar de “barriga cheia” sobre realidades que desconhecemos é algo que devemos evitar.
Por este motivo tenho algumas dúvidas sobre a informação que é passada aos candidatos a Empreendedores pelas entidades que promovem estes concursos e temo que lhes seja passada uma mensagem idílica carregada de palavras como “inovação” e conceitos como “I&D” e fique por transmitir a possibilidade de falhar, a necessidade de perseverar (às vezes parece mais obstinação), porfiar e sobretudo trabalhar (muito).
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