Assim como começo a dar razão a quem acha que Sócrates nunca entrou na Universidade, começo a ter dúvidas sobre se Constâncio será a pessoa certa para o cargo que ocupa.
As suas comunicações lembram um cata-vento em função do frete que tem de fazer ao governo (se for do PS, claro) ditado pelas circunstâncias.
Sem ir tão longe como ao que foi a novela do valor do deficit quando o governo de Sócrates foi para o poder, é bom relembrar que há cerca de 6 meses afirmava que Portugal não estava em crise e que recessão era coisa que nem admitia.
Hoje, e como era preciso fazer mais um dos seus fretes, em especial depois do chefe ter sido entrevistado, afinal já admite no Boletim de Inverno do Banco de Portugal o que há muito tempo vem a entrar pelos olhos de todos.
E produz esta pérola de sabedoria: "Reduções gerais de impostos não me parecem adequadas, visto que as medidas que agora são necessárias em grande parte terão de ser temporárias.(...) Quando se mexe, em geral, nas taxas de impostos é muito difícil voltar atrás. Consequentemente há toda uma série de formas de intervir e distribuir rendimento à economia que são mais eficazes".
Desde quando as reduções de impostos em Portugal não são temporárias? Será que nos andaram a mentir quando, ao aumentarem os impostos, disseram que eram medidas conjunturais, logo temporárias? E quais são as outras formas mais eficazes que não pela via fiscal? Será que está a pensar em linhas de crédito e subsídios?
Sugiro que Constâncio volte para a escola, pois está há tanto tempo na mesma cadeira do Banco de Portugal, que está fora de prazo e está sem coluna vertebral. Começa mesmo a tornar-se patético.
Com € 250.000,00 por ano pagos com os nossos impostos não me espanta aquela opinião. Com aquele valor aposto que se sente capaz de enfrentar esta e qualquer outra crise que por aí surja.
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