Já decidi: não vou adoptar o novo Acordo Ortográfico. E estou convencido que não serei o único. Mais do que a questão de existirem ou não interesses do Brasil na versão assinada e das guerras que já se adivinham para o novo ano escolar, parece-me que o maior problema reside no que um leitor do Público aponta quando diz que "a única "larga maioria" que deve estar a favor deste desacordo, foi aquela que nunca soube escrever correctamente. E como tal, e como já vem sendo hábito, quando não se sabe ou erra-se sistematicamente, então oficializa-se o erro."
Ou seja, quem domina a língua actualmente é que vai ter maiores dificuldades em escrever da maneira que agora se adopta por decreto. Para quem não sabe escrever vai ser canja, é só continuar a dar erros.
Exemplo: tecto e teto. A primeira palavra quer dizer a parte superior interna de uma casa ou aposento; a segunda quer dizer mamilo, normalmente das vacas. Como iremos distingui-las? A primeira passa a escrever-se této? Parece-me absurdo.
As línguas evoluem e o português não é excepção. Mas isto de decretar a evolução é ridículo.
(imagem tirada daqui)
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