Acabo de passar por mais um dos "Momentos ZEN" que uma ida a uma Repartição de Finanças nos proporciona.
Preciso de demonstrar a uma entidade privada que não devo nada ao Ministério das Finanças. Apesar de toda a informação que o site das Finanças nos dá hoje em dia, e bem, reconheço, tratando-se de uma entidade privada não posso fazer prova via net. Isso só é possível para entidades públicas. Tenho, portanto, de fazer prova em papel.
Assim sendo, lá me preparei psicologicamente para uma ida ao "covil" do Teixeira dos Santos e a minha expectativa não saiu gorada.
Comecei por me colocar numa fila em frente dum balcão atrás do qual duas senhoras olhavam para um monitor. Percebi que navegavam num dos sistemas das Finanças em busca de elementos de um dos contribuintes que estava à minha frente uns 4 lugares. Até aqui tudo bem não fosse o facto de navegarem no sistema em causa com tanta desenvoltura como eu navegaria em Istambul sem GPS. Para animar, sempre que o sistema recusava alguma instrução, provocava-lhes uns risinhos deliciados que tentavam partilhar com os contribuintes que esperavam como eu. Obviamente que só àquelas senhoras tal situação poderia fazer apelo ao seu sentido de humor.
Finalmente fui atendido (com rapidez confesso), mas estava longe de estar em condições de abandonar o edifício, pois uma das senhoras ao entregar-me a declaração informou-me que agora só faltava ir pagar na Caixa, onde já esperavam pelo menos umas oito pessoas. Nunca percebi, e já não tento perceber, este sistema que nos obriga a estas esperas em filas diferentes para tratar, com pessoas diferentes, do mesmo assunto. O defeito é decerto meu e a justificação deve ser tão óbvia que só eu não a percebo.
Com isto, apenas, perdi cerca de uma hora e meia. E têm computadores! Imaginem se não tivessem.
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