O título deste post deveria ser "A novela do Debate do Programa do Governo" , com os seguintes episódios:
- depois de se debater um programa que quase parecia um re-programa esperava-se a votação e a inevitável aprovação;
- em vez disso dá-se um acontecimento no mínimo bizarro: o nóvel Presidente da ALR dá o programa por aprovado sem votação, com base num detalhe jurídico do Regimento da ALR (curiosamente a RTP-A cortou o directo quando a sessão estava a ficar interessante);
- hoje, talvez por ter tido no travesseiro um bom conselheiro, o nóvel Presidente da ALR volta a trás na sua posição e lá se votou o Programa.
Apesar de bizarro, todo o desenrolar destas peripécias não tem afinal nada de mais, um Parlamento é um local de confronto, todos nos enganamos e o Presidente não está isento de enganos. Além disso serviram para animar um Plenário que, normalmente, não prima por interessante, admitamos.
No meio disto tudo, o que começou a tornar-se estranho foi o silêncio da Oposição, pois ouviram-se mais protesto nos blogs que na ALR.
Fiquei ainda mais apreensivo depois de ouvir na Antena 1, cerca das 13.00 horas, o comentário do Dr. Álvaro Monjardino e a preocupação que ele manifestou.
É que corria na altura a notícia de que a votação tinha sido realizada após negociação em que, em troca do silêncio da Oposição, o projecto de redução de despesas dos grupos parlamentares ficaria na gaveta.
Usando as palavras do Dr. Álvaro Monjardino: primeiro, há coisas que não devem acontecer e segundo, se acontecem, é preferível que não se venham a saber.
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