terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Que estratégia para a Terceira nos próximos 4 anos? (3)

Paulo Noval deu a cara pelo curioso MPC - Movimento Professor Caracol há tempos em entrevista ao Diário Insular, onde fala do problema dos professores que passam a vida com a casa às costas. Hoje publica n'A União um interessante artigo de opinião onde faz referência a alguns dos aspectos que tratei no meu post com o mesmo título.

4 comentários:

  1. Já tive a oportunidade de deixar comentário no blogue do Paulo Noval, costumo subscrever por inteiro as suas crónicas, nesta discordo do impacto das Lajes.

    De qualquer forma é este o debate que precisamos nos Açores.

    Haja Saúde

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  2. Caro Tibério,
    Havemos de lançar essa discussão sobre a BA4, até porque costuma ser quase um tabu.
    Em relação a esse assunto digo-te que, independentemente da importância que teve nas décadas de 50 e 60, considerá-la hoje o motor essencial no tecido económico da ilha é no mínimo redutor, pois garanto-te que a grande maioria das empresas não têm qualquer relação comercial com os americanos.
    Considero que a importância estratégica da Região resulta da sua posição geográfica e não do facto de termos uma base com um destacamento norte-americano.
    Por isso acho que, hoje, não acrescenta qualquer riqueza à ilha e à Região: os americanos não nos compram nada de significativo e ainda sujam.
    Quanto às compras no BX, nunca fiz, não faço e não farei, e por uma simples razão de coerência e de princípio. Porque, nesta relação de "balança comercial", como em tantas outras, não é uma relação entre iguais e quem fica a perder somos nós.

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  3. Caro Rogério Pereira,

    a base é ainda hoje o maior empregador na Ilha Terceira, fora a administração pública, não temos sector empresarial privado. Qua fazer às centenas de trabalhadores da base?

    O problema dos americanos não é só um problema deles, a raiz do problema é nosso que não oferecemos produtos com boas relações/qualidade preço. Não vou falar das BX porque seria desonesto, porque como diz são situações diferentes. Mas, por exemplo eu desde que estudo em Lisboa não compro nada na Terceira, não porque não goste do comercio local, mas porque há uma diferença enorme nos preços alguns casos vejo o mesmo produto em Lx e na Ter com diferenças de 10€ em roupa e calçado. Poderão dizer que há o custo de transporte, mas não é suficiente para a diferença, até porque temos uma carga fiscal bem mais baixa. Ou seja produtos com iva de 20% mais barato em lx do que produtos com iva de 15% na Ter.

    A Base é ainda o maior activo da ilha Terceira que não depende do orçamento de estado, quantas empresas na Terceira têm mais de 100 trabalhadores?

    Não sei se é por ter uma ligação há base desde criança, mas às vezes penso que querem diminuir a sua importância. Quanto a mim, se a base fecha-se de hoje para amanhã, deixava o meu curso e ia trabalhar para as vacas - é um trabalho digno como os outros, mas não o que quero para o meu futuro.

    Poderia dar mil exemplos como os norte-americanos gastam bem mais na terceira do que os portugueses, mas isto já parece um post.

    Haja Saúde

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  4. Só uma achega, ainda hoje conseguir um emprego na Base é o sonho de muitos jovens que festejam efusivamente - negar isto, é fechar os olhos a uma realidade. E diga-se os ordenados continuam a ser muito em conta para a realidade exterior à Base.

    Haja Saúde

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