sexta-feira, 17 de abril de 2009

Currículo regional pode ser realidade em 2012

Os conteúdos seriam, por exemplo, a nível da História regional e da Língua e da Literatura, com poesia e autores açorianos. Não se trata de substituir o currículo nacional, mas de complementá-lo. É uma procura da identidade açoriana.” - Srª. Secretária da Educação in Diário Insular
Não tenho, à partida, nada contra os conteúdos regionais. E desde que se cinjam às áreas referidas pela Srª. Secretária Regional parece-me até uma excelente ideia. Espero, porém, que resistam à tentação de regionalizar a matemática, ou a física, ou a química, para que não continue a acontecer ter de ler enunciados, em minha opinião, tão idiotas como os da Prova de Aferição que o meu filho fez no ciclo preparatório.
Matemática é matemática, independentemente do ponto do Mundo onde se aprende ou ensina.

2 comentários:

  1. Há mais para regionalizar.
    Na biologia e na geologia por exemplo.
    Os nossos endemismos devem ser ensinados. A nossa geologia deve ser conhecida.
    Não será legitimo?

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  2. Admito que sim.
    Não acrescentei nada mais à lista do artigo e referi a matemática, a física e a química apenas como exemplos de matérias que são iguais em qualquer sítio do mundo e em qualquer língua.
    O que é fundamental, em minha opinião, é não se perder rigor científico e nas Provas de Aferição que referi, com a aparente intenção de produzir enunciados com uma linguagem ligada à realidade local, parece-me que isso aconteceu.
    Nada pior que, em nome de um princípio que se quer nobre à partida, se caia em situações preversas das quais quem sai prejudicado são os alunos.
    Nunca devemos perder de vista este facto: os nossos alunos um dia irão ser avaliados em pé de iguladade com os restantes do país. Têm, por isso, o direito a um ensino de qualidade que, em minha opinião, não existe nas nossas escolas actualmente.

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