“Os conteúdos seriam, por exemplo, a nível da História regional e da Língua e da Literatura, com poesia e autores açorianos. Não se trata de substituir o currículo nacional, mas de complementá-lo. É uma procura da identidade açoriana.” - Srª. Secretária da Educação in Diário Insular
Não tenho, à partida, nada contra os conteúdos regionais. E desde que se cinjam às áreas referidas pela Srª. Secretária Regional parece-me até uma excelente ideia. Espero, porém, que resistam à tentação de regionalizar a matemática, ou a física, ou a química, para que não continue a acontecer ter de ler enunciados, em minha opinião, tão idiotas como os da Prova de Aferição que o meu filho fez no ciclo preparatório.
Matemática é matemática, independentemente do ponto do Mundo onde se aprende ou ensina.
Há mais para regionalizar.
ResponderEliminarNa biologia e na geologia por exemplo.
Os nossos endemismos devem ser ensinados. A nossa geologia deve ser conhecida.
Não será legitimo?
Admito que sim.
ResponderEliminarNão acrescentei nada mais à lista do artigo e referi a matemática, a física e a química apenas como exemplos de matérias que são iguais em qualquer sítio do mundo e em qualquer língua.
O que é fundamental, em minha opinião, é não se perder rigor científico e nas Provas de Aferição que referi, com a aparente intenção de produzir enunciados com uma linguagem ligada à realidade local, parece-me que isso aconteceu.
Nada pior que, em nome de um princípio que se quer nobre à partida, se caia em situações preversas das quais quem sai prejudicado são os alunos.
Nunca devemos perder de vista este facto: os nossos alunos um dia irão ser avaliados em pé de iguladade com os restantes do país. Têm, por isso, o direito a um ensino de qualidade que, em minha opinião, não existe nas nossas escolas actualmente.