Hoje a Euribor a 3 meses não sofreu alteração e as taxas a 6 e a 12 meses subiram pela primeira vez em muitos meses (ver quadros e gráficos na coluna do lado direito).
Isto pode não querer dizer nada. Mas, se os valores das taxas tenderem a estabilizar em torno de variações como as que se verificaram entre meados de 2003 e finais de 2005, pode querer dizer que a finalmente a economia bateu no fundo.
Estou convencido que a travessia do deserto vai ser longa. A recessão de 2003 foi uma amostra comparada com a actual conjuntura e só começámos a sair dela em 2006. Depois o BCE e o Sr. Trichet trataram de dar cabo do resto.
O dinheiro não está a chegar à economia, as empresas estão sem tesouraria e as falências vão começar a aumentar de número, mesmo na região, onde a situação não é muito diferente do resto do país. É apenas uma questão de tempo para que o fenómeno se torne visível e as primeiras vítimas serão decerto as micro-empresas.
O Estado com a sua teimosia em não rever (baixar) impostos e contribuições para a Segurança social só vai acelerar o processo. Quando será que vai perceber que a fonte onde vai cobrar impostos não é inesgotável? Será que quem governa está convencido que o endividamento externo vai poder continuar a crescer indefinidamente?
Sem comentários:
Enviar um comentário