"Muitos não querem aparecer. Por diversas razões. Os angrenses foram, em tempos, combativos. Mas, hoje, muitos estão subjugados ao poder político. Há filhos para empregar, apoios para receber. Quando assim é, o poder político faz o que bem entende, porque não tem contestação. Os angrenses acomodaram-se. E depois há aqueles que gostam das sardinhadas e dos jantares grátis que a Câmara dá. E deixam que as coisas se façam.(...) Sem dúvida. Agora vão fazer muito. Até aqui, nada. Mas, em boa verdade, o PS não precisa de grandes esforços para vencer: controla tudo. Muitos lhes devem votos…" - José Alberto Borges in Diário Insular
"Muitas pessoas dizem-me que são do CDS-PP, mas não querem dar a cara porque têm medo, porque têm um filho a contrato, etc." - Pedro Pinto in Diário Insular
A propósito da entrevista a Pedro Pinto publicada na revista do DI, decidi ler a entrevista a José Alberto Borges publicada há duas semanas.
Em ambas os entrevistados elogiaram o Poder no que acharam dever ser elogiado e criticaram o que acharam criticável.
Mas o traço comum mais preocupante em ambas as entrevistas é a referência ao medo e a algum caciquismo doentio numa sociedade que se pretende democrática.
Não acredito em bruxas nem em milagres e sempre considerei este tipo de referências algo forçadas e fruto do ponto de vista de quem as profere.
Apesar disso, tão pouco acredito em coincidências e começo a sentir alguns sinais que me levam a pensar se este tipo de pressões não estarão a ir longe demais.
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