quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Maranatha (21)


III. PODER

5. ESTADO

"Dá a impressão que os órgãos do poder português actual estão contra a cultura portuguesa de fundo. As leis também conseguem afrontar a ideia comum de Bem. Deste modo, pode acontecer que o Estado se oponha aos direitos dos particulares e, até, ao bem comum.
O Estado deve representar quem? A maioria? A maioria pode muito bem estar enganada ou ser manipulada. Até que ponto se pode votar contra o que é racionalmente defensável? Que maioria representa o Estado português actual? Que significado têm estes números comparados com os séculos da Tradição?
Por tudo isto, em Maranatha, o senado funcionará como a raiz da Pátria, contra a qual nada poderão os governos. Não se permite que uma nação ande ao sabor de modas e devaneios sem fundamento.
O Estado saudável é, pois, aquele que deriva naturalmente da comunidade. Maranatha será uma espécie de cidade-estado, visto que os problemas políticos surgem com a despersonalização da terra-natal.
O Estado não é “um mal necessário”, como pensam os liberais, que acrescentam: «Quanto menos Estado, melhor». Quando tal acontece é a lei da selva. É inegável que os interesses privados são diferentes dos interesses comunitários. Uma sociedade tem precisão de bens que os privados não cumprem com isenção. A decadência social começa quanto tudo se privatiza. Deixa de haver cimento social e tudo se desagrega.
Quais são os deveres do Estado? Defender a família natural, a propriedade privada, a privacidade e o direito natural contra todas as investidas do comunismo. Esta batalha só pára às portas do interesse comum, como seja a destruição de todo o monopólio (uma necessidade comunitária nas mãos dum privado). Cabe-lhe, ainda, zelar pela segurança social.
" - Mário Cabral in Diário Insular

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