domingo, 29 de agosto de 2010

Maranatha (31)

V. ECONOMIA


5. ORDENS, CORPORAÇÕES, COOPERATIVAS E SINDICATOS


"O capitalismo afogou os sindicatos, que praticamente já nada valem. O perigo é imenso: avança o monopólio e, por conseguinte, morre a propriedade privada.
Em parte, a culpa foi dos próprios sindicatos, que politizaram o trabalho, inclinando-se para o comunismo. Com a queda do muro de Berlim, os trabalhadores ficaram sem ideologia e sem defesa.
As ordens cumpriram melhor o seu papel de associações meramente profissionais, haja em vista o caso português, comparando-se o sindicato dos professores com a ordem dos médicos e a dos engenheiros.
Em Maranatha voltaremos ao modelo medieval das corporações, evitando que elas degenerem em sindicatos; há uma diferença filosófica de raiz: os sindicalistas tendem a não ser proprietários, enquanto só estes podem ser corporativistas.
As corporações visam a dignidade da pessoa humana no seu trabalho livre e independente. Obedecem ao princípio: «A união faz a força». Numa corporação, o mais fraco está salvaguardado das investidas do mais forte, dentro do mesmo ofício; e da opressão económica que pode derivar do exterior.
O maior parasita das corporações é o comunismo.
Isto não invalida que as corporações adquiram bens comuns, o que poderá ser a alternativa para fugir à banca e ao capitalismo, em geral. Por exemplo, os lavradores usam hoje maquinaria muito cara e que mal é aproveitada só por um dono.
As corporações serão independentes, gerindo os estatutos, controlando admissões e hierarquias, que são essenciais (aprendiz, mestre, etc.); os preços e a qualidade dos produtos, bem como a quantidade da produção, a margem do lucro, etc.
Vão precisar duma sede.
O Estado terá o controlo do jogo de forças das corporações no todo do interesse social." - Mário Cabral in Diário Insular

Sem comentários:

Enviar um comentário