quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Maranatha (7)

II. FUNDAMENTOS

1. A FAMÍLIA

"Quando, em breve, chegar a Primavera, assistiremos à euforia da reprodução, desdobrada em variações infinitas. Machos sujeitam-se a perder a vida pela fêmea que os encantou, para ela dançam com garbo e mestria, a ela oferecem ninho, toca, abrigo. Prolongarão pelo tempo necessário a assistência às crias.
Não foram os seres humanos que inventaram a família. Ela está inscrita em toda a Natureza sexuada. Nós apenas a elevámos ao estatuto do sublime, por sermos mais inteligentes e dotados de memória superior.
O direito inalienável da mulher a ser mãe está inscrito em todo o funcionamento do seu corpo. A criança tem direito a protecção durante muito mais tempo do que as outras crias. Esta tarefa é custosa e precisa da ajuda dum terceiro, que é o pai.
Por seu turno, o homem tem direito à propriedade privada e, por consequência, a herdeiros que justifiquem o esforço do seu empenho e trabalho. Sem herdeiros, a propriedade privada não faz sentido, assim como o trabalho. Por isso, o comunismo é um ataque à dignidade humana.
Se uma mulher tem direito a um pai para os seus filhos (e um só dá maior segurança), um homem tem direito à certeza de que este é, de facto, seu herdeiro. O casamento monogâmico alia os direitos duns aos deveres dos outros, a começar pelo amor.
Porque todo este processo cria vínculo. Nada disto é mecânico e frio. Em condições naturais, o enamoramento humano segue o afecto observado em toda a Natureza.
A decadência da família ocidental é uma consequência dos ideais políticos modernos e paga-se com grande sofrimento solitário que, a limite, conduzirá ao fim do tecido social.
Outros modelos de família jamais poderão ir contra esta estrutura básica de origem natural.
" - Mário Cabral in Diário Insular

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