III. PODER
7. SERVIÇOS DO ESTADO
"Há que especificar o princípio de subsidiariedade, pois até os estados corrompidos, como a Europa e a América actuais, defendem, no papel, de modo cínico, aquilo que pervertem no dia-a-dia.
Haja em vista a agricultura, que morreu nas ilhas, abafada pelos subsídios monopolistas e centralizadores que, para além do mais, geram a ignorância do trabalho e fomentam a preguiça.
Haja em vista a educação nas mãos ideológicas dos políticos decadentes; porque não pagam o equivalente que gastam com cada aluno para os que quiserem se inscrevam nas escolas particulares, que demonstram revelar melhor serviço?
Por outro lado, muitos bens essenciais não atraem a iniciativa privada, por razões diversas, por exemplo a criação e gestão de hospitais. Sempre que for o caso, são da responsabilidade estatal, que deve zelar para que cada cidadão pague à proporção da sua riqueza particular, evitando a demagogice da equidade e do serviço gratuito para todos.
Esteja o Estado muitíssimo atento às relações entre os particulares, porque os seres humanos não são anjos: controle muito de perto as condições de trabalho, por exemplo, para que não haja exploração de nenhuma das partes pela outra. O subsídio de desemprego é mais do que justo na maior parte das situações.
E o mesmo com o rendimento mínimo, princípio de grande humanismo que é pervertido quando o Estado não fiscaliza de perto a corrupção gerada em seu redor; não se faça em Maranatha como agora, em Portugal, que se olha para os infelizes como se fossem eles os culpados da pouca-vergonha nacional. Os grandes princípios são como jarras de porcelana e fiscalizar significa cuidar deles.
Por fim, a lógica do Estado não pode ser concorrente da privada." - Mário Cabral in Diário Insular
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